quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"O Pequeno Príncipe", Saint Exupery



             É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam a solidão. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias e esquecemos a criança que fomos. Pelas mãos desse menino o leitor recupera a meninice, abrindo uma brecha no tempo. Voltamos a sentir o perfume de uma estrela e a ouvir a voz de uma flor... Com ele reconquistamos a tranqüilidade e a liberdade, deixando alojar se pela beleza, apossar-se a pouco da sabedoria e do discernimento do que seja essencial. O Pequeno Príncipe é enigmático, profundo, escrito de uma forma metafórica.


“Desenha-me um carneiro”.

          É ai que começa o relato das fantasia e sonhos de uma criança como todas as outras, que questiona as coisas mais simples da vida com pureza e ingenuidade. 

         Apresenta personagens plenos de simbolismo: o rei (que pensava que todos eram seus súditos e não tinha ninguém por perto), o contador (que se dizia muito serio mais não tinha tempo para sonhar), o geógrafo (que se dizia sábio mais não sabia nada da geografia do próprio país), o bêbado (que bebia para esquecer a vergonha que sentia por beber), a raposa, a rosa e a serpente.

            O Pequeno Príncipe vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões. O orgulho da rosa, que também vivia no planeta do Pequeno Príncipe, arruinou a tranqüilidade e o levou a uma viagem que o trouxe finalmente a Terra, onde encontrou a raposa que o levou a começar a descobrir o que é realmente importante na vida – o amor, a amizade e o companheirismo. 

             Assim, cada personagem mostra o quanto às “pessoas grandes” se preocupam com coisas inúteis e não dão o devido valor às coisas. Isso tudo pode ser traduzido por uma frase da raposa, personagem que ensina ao menino de cabelos dourados o segredo da amizade:

 “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”.

             Antonie Jean Baptiste Marie Roger de Saint-Exupery, foi um escritor de grande sensibilidade, com uma delicada preocupação com o sentido do humano e da existência. Em uma narrativa poética, vai elaborando sua visão de mundo e mergulha no próprio inconsciente, em uma obra aparentemente simples, mais apenas aparentemente. O livro devolve a cada um o mistério escondido em nossa alma. De repente retornamos aos nossos sonhos infantis e reaparece a lembrança de questionamentos acomodados, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia. Voltam ao coração escondidas recordações. Um reencontro pessoal com a criança que nos habita.

             É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam a solidão. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias e esquecemos a criança que fomos. Pelas mãos desse menino o leitor recupera a meninice, abrindo uma brecha no tempo. Voltamos a sentir o perfume de uma estrela e a ouvir a voz de uma flor... Com ele reconquistamos a tranqüilidade e a liberdade, deixando alojar se pela beleza, apossar-se a pouco da sabedoria e do discernimento do que seja essencial. O Pequeno Príncipe é enigmático, profundo, escrito de uma forma metafórica.

             Há obras que de alguma forma são capazes de transformar o leitor. Esta é uma delas, que transmite uma experiência muito particular. Uma historia bonita que traz ensinamentos sobre amizade e companheirismo:

 “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

             Este não é um livro para criança como a maioria das pessoas pensa, é um livro que traz a mensagem da infância. A criança que esta guardada no nosso coração e na qual reconhece nossos olhos, nosso sorriso, nossa alma... É o mundo onde vivemos e o qual podemos mudar. Se não o quisermos compreender e não nos interessarmos pelas palavras de Saint-Exupery, fica uma das sentenças do Príncipe:

“Tu não és um homem de verdade. Tu não passas de um cogumelo.”

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

BOM x MAU e BEM X MAL






O que não faz BEM, faz MAL já que não se diz faz bom.
Então vamos lembrar sempre que: MAU com U, é contrário de BOM.

MAU é um adjetivo e se opõe a BOM.
Ele é um MAU profissional (contrário de BOM profissional)
Homem BOM, homem MAU.
BOM gosto, MAU gosto.
Ele está de MAU humor. (BOM humor)
Ele é um MAU-caráter. (BOM caráter)
Tem medo do lobo MAU. (lobo BOM)

Já MAL com L, é contrário de BEM.
Mal pode ser:

1. Advérbio (opõe-se a BEM):

Ele está trabalhando MAl. (trabalhando BEM)
Ele foi MAL treinado. (BEM treinado)
Ele está sempre MAL-humorado. (BEM humorado)
A criança se comportou muito MAL. (se comportou muito BEM)

Eu passei MAL ou passei BEM.
Roupa BEM passada ou roupa MAL passada.
Bife BEM passado ou bife MAL passado.

2. Conjunção (= logo que, assim que, quando):

MAL você chegou, todos se levantaram. (= assim que você chegou)
MAL saiu de casa, foi assaltado. (= logo que saiu de casa)

3. Substantivo (= doença, defeito, problema)

Ele está com um MAL incurável. (=doença)
O seu MAL é não ouvir os mais velhos. (defeito)

E não devemos esquecer que quando se fala de gênero masculino e feminino, há de se estar  atento à mudança de gênero:


Se o homem é MAU, seu equivalente feminino não é mulher mau mas sim MULHER MÁ.

Contrário de BOM é MAU e de BOA, MÁ.


Na dúvida, use o velho "macete":



Agora, se você ainda confunde MAL e MAU, repita comigo, por favor: 
MAU (COM U) é contrário de BEM. MAL (COM L) é contrário de BEM.

E não se esqueça: ninguém pode passar MAU, porque ninguém passa BOM.
Escrever errado não é BOM, é MAU.

Ler um texto que não está bem escrito, me faz passar MAL!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Bem vindo, bem-vindo ou benvindo?


 

Em quase toda entrada de cidade vemos essa famosa placa: BEM VINDO! Mas estará correta essa forma de escrever?

Se escrevemos BENVINDO, assim, tudo junto em uma única palavra com "n" e sem hífen, estaremos nos referindo a um nome de pessoa, como por exemplo: "Benvindo é um moço muito atraente e educado".

Logo, BEM VINDO, sem hífen, não existe. É bom não usá-lo.

Então, se não é benvindo, nem bem vindo, só podia ser  BEM-VINDO, não é? Mas por quê?

Há uma regra que diz que "Todos os vocábulos compostos da palavra 'BEM' devemos usar obrigatoriamente o hífen". Vamos ver?

Bem-me-quer, bem-te-vi, bem-aventurado, etc... Logo a grafia correta dessa palavra composta que significa que você está oferecendo as boas vindas para um recém-chegado seria: BEM-VINDO!

Nesse caso, obrigada pela visita e sejam bem-vindos a este blog!