quinta-feira, 5 de julho de 2012

Festa Junina e Tradições


As festas dos meses de junho e julho aqui no México são um pouquinho diferentes das realizadas no Brasil. De forma bastante resumida, aqui conto sua história...
Existem duas explicações para o termo "FESTA JUNINA". A primeira diz que surgiu com as festividades católicas que acontecem no mês de junho: São Pedro, São João e Santo Antônio. A outra versão diz que esta festa surgiu em países católicos da Europa que tinham o costume de homenagear a São João. Quiçá, por isso mesmo, naquele então era chamada de Festa Joanina.
De acordo com historiadores, esta comemoração foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial – época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal. Nesta época havia uma grande influência de elementos  culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses.
Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas.
Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos.
Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e Espanha.
Todos e cada um desses elementos culturais foram, como o passar do tempo, se misturando aos aspectos culturais do brasileiros nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

Festas Juninas no Nordeste


Embora sejam comemoradas nos quatros cantos do Brasil, na região Nordeste as festas são mais tradicionais e de grande expressão.
No mês de junho é quando se fazem homenagens aos três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro.
Como o Nordeste é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer às chuvas raras na região, onde servem  para manter a agricultura.

Comidas Típicas:

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces , bolos e salgados são feitos deste alimento.


Pamonha, curau, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho, são apenas aluns exemplos. Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bom-bocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

Tradições

Fogueira

As tradições fazem parte das comemorações.  O mês de junho é marcado pelas fogueiras que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas.
Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

Quadrilha

Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por Igrejas, colégios, sindicartos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes.
A dança de quadrilha,  acontece durante toda a quermesse. A roupa vai do simples caipira ao luxo de um marquês. O mais comum mesmo é o chapéu de palha, a camisa xadrez, a calça curta ou jardineira e uma bota para homens. Para mulher, uma jardineira ou vestido rendado e multicolorido, ou ainda, um vestido branco cheio de detalhes coloridos para a noiva da quadrilha, com véu, grinalda e buquê. E, claro, a cara pintada é básica para todos! 
Lembro que em uma festa aqui em casa, uma amiga se vestiu de noiva e seu buquê era um brócolis!

Quermesse

No dia 13 de junho, muitas igrejas distribuem o “pãozinho de Santo Antonio”, que são bentos (bendecidos) pelos padres.

Como Santo Antonio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar.
Diz a tradição que, para ter abundância, o o pão bento deve ser guardado dentro da lata de arroz ou junto aos  mantimentos  da casa, para que nunca falte alimentos. E, se o assunto é casar, você só precisa receber um pãozinho de um amigo ou alguém da família.