quarta-feira, 30 de maio de 2012

Apóstrofo x Apóstrofe: têm a mesma função?


Na escola, a gente aprende que apóstrofo é um sinalzinho, em forma de vírgula  ( ), para indicar a supressão de uma ou mais letras em uma palavra, como, por exemplo:  

               caixa d’água     galinha-d'angola     pingo d'água     Santa Bárbara D'Oeste

Mas, como não é todo mundo que se dá bem em português, veja a resposta de um vestibulando (él que hace un examen de admisión a la universidad)  a essa questão:
Já a "Apóstrofe" ( ) é uma figura de estilo que tem a função de ressaltar uma palavra, um texto ou uma fala de uma terceira pessoa ou de determinadas entidades, conforme o objetivo do da mensagem ou discurso, que pode ser poético, sagrado ou profano.No cotidiano, a apóstrofe é bastante utilizada. Ela está presente nas orações religiosas: “Pai nosso, que estás no céu…”; nos discursos políticos: “Povo de Juazeiro! É com grande alegria…”, e em situações diversas: “Minha Nossa Senhora, o que foi isso?!”; “Valha-me Deus, que eu não posso mais com esse menino”.

Sintaticamente, a apóstrofe exerce a função de vocativo dentro de uma sentença, como:

“Tende piedade de mim, Senhor, de todas as mulheres
Que ninguém mais merece tanto amor e amizade”.
(Vinícius de Moraes)

Observe que, nestes versos, o poeta faz uma interpelação emotiva, dirigindo-se ao “Senhor”, que se encontra entre vírgulas, cumprindo a função de vocativo (recurso expressivo) dentro do verso.

Outro vestibulando - é, eles têm fama mesmo de serem burrinhos - não soube como responder "que sensações seriam essas" uma questão sobre personagem principal do livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas"  e vejam o que ele respondeu:





segunda-feira, 28 de maio de 2012

O poema que Borges nunca escreveu!


"Se eu pudesse novamente viver a minha vida,  
na próxima trataria de cometer mais erros.  
Não tentaria ser tão perfeito,  
relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido. 
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.  
Seria menos higiênico. Correria mais riscos,  
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,  
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.  
Iria a mais lugares onde nunca fui,  
tomaria mais sorvetes e menos lentilha,  
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. 
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata  
e profundamente cada minuto de sua vida;  
claro que tive momentos de alegria.  
Mas se eu pudesse voltar a viver trataria somente  
de ter bons momentos. 
Porque se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos;  
não percam o agora.  
Eu era um daqueles que nunca ia  
a parte alguma sem um termômetro,  
uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas e,  
se voltasse a viver, viajaria mais leve. 
Se eu pudesse voltar a viver,  
começaria a andar descalço no começo da primavera  
e continuaria assim até o fim do outono.  
Daria mais voltas na minha rua,  
contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças,  
se tivesse outra vez uma vida pela frente.  
Mas, já viram, tenho 85 anos e estou morrendo"  

A poesia acima rodou o mundo e sempre se atribuía a José Luis Borges a autoria da mesma. Este poema foi  inscrito em camisetas, canecas de porcelana e cartões de natal...


Se não era Borges, então quem era o autor desse poema? Em 99, o jornal argentino "El País" desvendou o enigma: a autora de "Instantes" é uma poetisa norte-americana, Nadine Stair. "Instantes" foi publicado em 1978, oito anos antes que Borges morrera, em Genebra, aos 86 anos.
A bola de neve começou a rodar em 1983, quando o escritor Leo Buscaglia reproduz o mencionado poema em seu livro "Vivendo, Amando e Aprendendo" (excelente livro, por sinal! Eu recomendo!) e atribuía a autoria do poema a um homem que sabia que ia morrer. Em 1986, o norte-americano Harold Kushner, autor de livros como "Quem necessita a Deus?" publica " Cuando nada te basta, como dar sentido à tua vida" e na página 162 se lê: "Me lembro de ter lido uma reportagem sobre uma mulher dos Montes de Kentucky, onde se pedia que passasse uma revista em sua vida e reflexionasse sobre tudo o que havia aprendido. Com o típico toque de nostalgia que pinta toda evolução do passado, a senhora respondeu: 'Se eu pudesse viver novamente minha vida (...) Eu era um daqueles que nunca ia  
a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas" .
Depois da morte de Borges, uma revista argentina, especializada em psicologia, "Uno Mismo", publicou o poema com o título Instantes e sua autoria foi atribuída a Borges. A viúva do escritor, maria Kodama, conseguiu que a revista retificara a autoria do poema e também pediu ao Ministerio de Cultura e Educação que esclarecera quem foi a autora do poema, mas isso demorou oito anos... "Demorei em descobrir que esse poema foi publicado originalmente em inglês", afirma Kodama. Quando conseguiu reparar o erro, o poema já havia sido difundido nos quatro cantos do mundo. 
Ano passado, uma mulher proxima al vice-presidente confessou a María Kodama sua admiração por esses versos e sua identificação com o conteúdo. E dessa maneira reagiu Kodama: " Se Borges tivesse escrito isso, eu teria deixado de estar apaixonada por ele naquele momento".
"O poema, sem nenhum valor literário", continua Kodama, "desvirtua a mensagem da obra de Borges. Baseando-se em um nome famoso, tentando transmitir um sentido de vida completamente materialista sem qualquer busca da perfeição espiritual ou curiosidade intelectual".

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Caetano, o compositor de destinos



Com a tarde de hoje livre me sobra tempo para escrever, meus grupos de alunos de Banamex me cancelaram as aulas...então vou fazer o meu Carpe Diem e aproveitar esse tempo para postar uma "Oração ao Tempo", música composta nos anos 70 (1979, para ser mais exata) pelo baianíssimo, leonino e metafórico Caetano Veloso e aqui cantada na excelente voz da paulista Maria Gadú. 
Para explicar a canção é preciso falar um pouco de Caetano. Um dos ícones da MPB - Música Popular Brasileira - , Caetano inventa e se preciso for reinventa a arte, retira sons, gestos e palavras do mais árido território, traduz o concreto e o abstrato, o côncavo e o convexo, a alegria e a tristeza, a dor e o prazer, um jeito, uma paisagem ou pessoa na mais variada e sutil percepção de existência.
Um cavalheiro de "Fina Estampa", um "baiano-estrangeiro" revolucionário e polêmico que nos presenteia com frases sonoras, versos inteligentes e perspicazes, poesias que movem nossa alma e nos fazem pensar  provocando até verdadeiros curtos-circuitos sociais. 
Um músico em movimento renovando constantemente sua linguagem artística, musicando poesias concretas, poetizando sons desconexos e criando estéticas musicais... 
O que mais posso dizer de Caetano? Caetano é a "mais completa tradução" da transformação, do tempo e espaço, a essência da MPB.

"Oração ao Tempo" - Como todo bom baiano, Caetano é seguidor do Candomblé* e nessa canção ele faz várias referências ao culto religioso, vejamos:

"Quanto a cara do meu filho" não se refere a Jesus. É uma oração ao Deus Tempo (Deus do candomblé). Como toda oração, Caetano primeiro elogia aquele  Deus,  chamando-o de belo e inventivo. Depois dos elogios parte para o pedido "Vou te fazer um pedido". Faz o pedido, diz que mesmo depois de morto ainda quer ser filho do Deus Tempo "Num outro nível de vínculo". Lembra que fez um pedido "Portanto peço-te aquilo" e relembra que já pagou com elogios "E te ofereço elogios".


Espero gostem da canção!  Está muito mais bonita na voz da Maria Gadú, mas podem encontrá-la também nas vozes de Maria Bethânia (irmã de Caetano Veloso), Djavan e muitos outros tops da MPB.

Candomblé* era a religião dos escravos africanos que chegaram ao Brasil na época do descobrimento, por volta de 1500. Hoje em dia  o candomblé se nota mesclado com a religião católica mas preserva suas raízes como elementos da magia africana e a crença em divindades - deuses africanos chamados "Orixás" - que estão associadas a santos da igreja católica.

Oração ao Tempo

Caetano Veloso
És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo...
Compositor de destinos
Tambor de todos os rítmos
Tempo tempo tempo tempo
Entro num acordo contigo
Tempo tempo tempo tempo...
Por seres tão inventivo
E pareceres contínuo
Tempo tempo tempo tempo
És um dos deuses mais lindos
Tempo tempo tempo tempo...
Que sejas ainda mais vivo
No som do meu estribilho
Tempo tempo tempo tempo
Ouve bem o que te digo
Tempo tempo tempo tempo...
Peço-te o prazer legítimo
E o movimento preciso
Tempo tempo tempo tempo
Quando o tempo for propício
Tempo tempo tempo tempo...
De modo que o meu espírito
Ganhe um brilho definido
Tempo tempo tempo tempo
E eu espalhe benefícios
Tempo tempo tempo tempo...
O que usaremos prá isso
Fica guardado em sigilo
Tempo tempo tempo tempo
Apenas contigo e comigo
Tempo tempo tempo tempo...
E quando eu tiver saído
Para fora do teu círculo
Tempo tempo tempo tempo
Não serei nem terás sido
Tempo tempo tempo tempo...
Ainda assim acredito
Ser possível reunirmo-nos
Tempo tempo tempo tempo
Num outro nível de vínculo
Tempo tempo tempo tempo...
Portanto peço-te aquilo
E te ofereço elogios
Tempo tempo tempo tempo
Nas rimas do meu estilo
Tempo tempo tempo tempo...



segunda-feira, 21 de maio de 2012

O que é que uma casa tem?




Como é a sua casa? Qual é o local em sua casa que você mais gosta de ficar?
Toda casa tem algumas partes básicas, cada uma com sua função específica e é justamente isso que vamos ver neste post.
As casas têm sempre uma parte interna onde ficam os cômodos e a parte externa onde pode haver um quintal ou jardim.
Na parte interna está a sala, que é o local de entrada ou como conhecemos hall. Na mesma casa pode haver dois tipos de salas: a sala de visitas, também chamada de sala de estar, onde recebemos as pessoas que nos visitam ou mesmo onde os familiares se sentam para conversar ou assistir televisão; e a sala de jantar, que na verdade não precisa ser só de jantar, mas de modo geral é onde fazemos as refeições – café da manhã, almoço, lanche e jantar.
Outra parte da casa é a cozinha, local onde são preparadas as refeições. Na cozinha estão o fogão, os armários, a geladeira, o micro-ondas, a lava-louças, a mesa e a pia, tudo organizado para facilitar o preparo dos alimentos.
banheiro é o local onde fazemos a higiene pessoal – além das necessidades diárias de micção (fazer xixi) e evacuação (fazer cocô), também escovamos os dentes, tomamos banho, penteamos o cabelo, fazemos a maquiagem e lavamos as mãos. Para que possamos fazer tudo isso, basicamente um banheiro precisa ter armários, torneira, pia, chuveiro e vaso sanitário. Um banheiro ainda pode ter bidê, banheira, jacuzzi, sauna, chuveirinho...
Um local também importante da casa é o quarto, onde descansamos e guardamos objetos pessoais. A casa pode ter um, dois ou mais quartos  e esse número pode variar de acordo com o tamanho ou necessidades específicas da família.
Na parte externa, há sempre uma área de serviço, onde fica o tanque e a máquina de lavar roupa. Pode haver um jardim com árvores frutais, flores e demais plantas, um pátio ou quintal, que geralmente serve como espaço de lazer e a garagem para guardar o carro.
Existem casas que possuem outros espaços internos adicionais, como escritório, para trabalho e estudo; sala para TV própria para assistir televisão e filmes em DVD; closed, que são locais específicos próximos aos quartos que servem para guardar roupas e também para vestir-se; suíte, que é um banheiro conjugado a um quarto; e dispensa, para guardar alimentos ou produtos para jardinagem. Na parte externa há também espaços alternativos, como churrasqueirapiscinaquadra para esportes e até mesmo hortas, para cultivo de alguns alimentos mais consumidos e fáceis de cultivar, como por exemplo, temperos - hortelã, alecrim, sálvia, orégano, manjericão, etc - , e verduras - alface, espinafre, couve, rúcula, etc.

Segurança em casa 

Para prevenir acidentes de todos os tipos, aqui  vão algumas dicas para garantir a segurança dentro de casa:

Sala e quarto: tomar cuidado com objetos cortantes como tesouras e objetos de vidro.  É importante também tomar cuidado com tapetes que escorreguem com facilidade. Nesse caso há tapetes antiderrapantes ou mesmo materiais antiderrapantes que podem ser fixados em tapetes já em uso.

Cozinha: também é necessário ter cuidado com objetos cortantes, como facas, que devem ficar longe do alcance de crianças. As crianças também não podem mexer com fogão ou micro-ondas sem a supervisão de um adulto. No caso do fogão a gás o ideal é que o botijão de gás fique do lado de fora para evitar vazamentos e quando possível, é importante desligar o gás quando não estiver em uso.

Banheiro: tapetes antiderrapantes previnem acidentes, principalmente dentro do box, para evitar escorregar. Quando o chuveiro tem aquecimento a gás o cuidado deve ser maior para evitar vazamentos.

Área de serviço: em geral, neste local guardamos produtos de limpeza, dedetizadores, inseticidas e exterminadores ou venenos para ratos, por isso é importante que essa classe de produtos esteja fora do alcance de crianças para evitar envenenamentos pela ingestão dos mesmos.

De modo geral é fundamental cuidar das instalações elétricas de todas as partes, para evitar curto circuito e incêndios.

Higiene Pessoal


Todo cuidado com higiene é pouco. A casa deve passar por uma limpeza geral no mínimo uma vez por semana, isso inclui varrer os cômodos, passar pano no chão quando necessário, tirar o pó dos móveis, sacudir, lavar janelas etc.
Todos os ambientes devem ser ventilados, ter as janelas abertas pelo menos em um período do dia, mesmo em locais frios, pois a circulação de ar é importante para evitar a contaminação por doenças transmitidas pelo ar, como a gripe, meningite, entre outros.

As roupas de cama - lençóis, fronhas, cobertores, edredões, colchas - e toalhas de banho devem ser trocadas e lavadas com muita frequência.  Travesseiros e colchões também devem ser limpos e arejados para evitar o crescimento de ácaros e fungos que podem causar alergias e doenças respiratórias.

Curiosidade:

Em alguns países, como, Irã e Grécia, há casas que são esculpidas, ou melhor, construídas em rochas. Essas casas com certeza têm uma estrutura e organização bem diferentes das que estamos acostumados a ver!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mussarela ou Muçarela?





Falar a gente fala sem problema, mas o bicho pega mesmo na hora de escrever. Como não dá para confiar sempre no corretor ortográfico do Windows e escrever errado não é muito bem visto pelos chefes, melhor praticar agora do que mais tarde ficar ao "deus-dará" (à própria sorte). Estreio aqui a primeira palavrinha desta etiqueta: Mussarela ou Muçarela?

Muçarella, por exemplo. Em italiano o duplo "z" vira "ç" em português. Carrozza  em português passa a ser Carroça, piazza é o mesmo que praça, razza é igual a raça.

É por isso que os principais dicionários - Aurélio e Houaiss - e o vocabulário ortográfico da língua português (Volp) escrevem MUÇARELA, com "ç" e não a que todo mundo usa "mussarela".
Como explicar isso?
Lembra daquela aula onde discutimos sobre a grafia correta de Presidente ou Presidenta para mulheres? É a mesma história: um belo dia, alguém que não conhecia a regra de que os dois "zês" em italiano se transformam em "ç" em português escreveu "mussarela" e, ao ver a palavra grafada desta forma outros que também desconheciam a regrinha copiaram "mussarela" (com SS) e uma vez popularizada, a grafia errada passou a fazer parte do contexto popular.
E apesar da ortografia oficial dizer o contrário, muita gente continua escrevendo "mussarela"principalmente em pizzarias, restaurantes e super-mercados.
O que fazer nesse caso então? Ignorar a regra e escrever Mussarela como a maioria? Ou escrever Muçarela conforme manda a regra? Cada cabeça uma sentença...
Vou dizer o que faço: escrevo “muçarela”, mas não corrijo quem escreve “mussarela”, porque sei que este é um dos tantos erros que o uso comum e  constante já fez que a palavra faça parte do nosso vocabulário popular.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Reclamamos algo ou de algo?


Tal verbo, dependendo do contexto, pode assumir distintas posições

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

Mediante as circunstâncias que norteiam nosso cotidiano, são muitas as razões que temos para expressar nossa insatisfação acerca de algo, não é verdade? Reclamamos da demora no atendimento, do caos no trânsito, dos altos preços das mercadorias, enfim, são muitas as circunstâncias que nos levam a tomar tal atitude.

Contudo, deixemos questões mundanas de lado e partamos enfim para as questões relacionadas a aspectos linguísticos: o verbo reclamar obedece à qual regência? Reclamamos algo ou de algo?

Como sabemos, quando nos referimos à regência, estamos exatamente falando da relação existente entre os verbos e seus respectivos complementos, ou seja, em quais circunstâncias devemos fazer uso ou não da preposição. Partindo dessa premissa, podemos nos apoiar em algumas questões, sendo essas expressas por:

Reclamarmos de algo é o mesmo que nos queixarmos de algo. Nesse caso, temos que o verbo em evidência se classifica como transitivo indireto, o qual requer o uso da preposição. A título de representação, vejamos: 

Os professores reclamaram da falta de organização na sala de aula. 


Fazemos aqui a seguinte pergunta ao verbo: os professores reclamaram do quê? da falta de organização na sala de aula.

Analisemos, pois, este outro caso:

Todos reclamaram seus direitos durante a reunião. 

Deparamo-nos com um verbo transitivo direto, uma vez que todos reclamaram o quê? seus direitos durante a reunião. O sentido que se atribui à ação verbal é o de exigir, reivindicar.

Outro aspecto que está relacionado ao verbo em questão é o fato de que, dependendo do contexto em que estiver empregado, ele poderá também ser intransitivo, ou seja, possuir sentido por si só e dispensar qualquer tipo de complemento, como bem nos demonstra o exemplo a seguir:

Os alunos reclamaram muito.