quarta-feira, 27 de junho de 2012

Por que falamos diferente?

Amanhã é o último de aula de um grupo de alunos e, pensando neles, lembrei de esclarecer uma dúvida levantada em sala de aula: se muitas línguas são derivadas do latim, por que falamos diferente dos portugueses, espanhóis, franceses, italianos, romenos, gregos, etc?


Pois... Pensem nos seus bisavós... Eles falavam igual a você? Não.
E seus avós? Não!
E seus pais? Também não!
Seus filhos falarão ou já falam igual a você?  É muito provável que não.

Sabem o que isso significa? Que as línguas evoluem. Elas mudam o tempo todo. Criamos gírias e termos novos que se adequam à nossa necessidade. Tomamos termos emprestados de línguas estrangeiras. E, não contentes de emprestar palavras de outros cantos do mundo, também temos o costume de nos apropriar de uma palavra como se fosse nossa, como é o caso de muitos brasileiros  que têm mania de"aportuguesar" palavras estrangeiras. Lembram do "abat-jour"? Agora ele é abajur... Isso só para exemplificar que ao modificar certas palavras, mudamos não só a escrita, mas também aspectos morfológicos, sintáticos, fonéticos, semânticos pra que fique mais fácil, rápida e prática a comunicação. Por isso o português que a sua bisavó falava com as amigas dela não tem muito a ver com o português que você fala hoje com seus amigos.


Agora pense em toda a história da humanidade desde os "Neandertais" (tive que buscar na rede para ver se ainda se se escrevia com "h") até a colonização da América. Diz a ciência que o Homo Sapiens surgiu na África e começou a se espalhar mundo afora desde então. A questão é que não se sabe ao certo se a capacidade de comunicação humana tal como a conhecemos hoje existe desde antes ou depois dessa "migração". Então é possível que tenhamos falado uma língua única no passado. É possível que cada "grupo" de humanos em partes diferentes do mundo tenham desenvolvido línguas diferentes.

O que sabemos é que existia uma língua comum falada em algum lugar entre a Europa e o Oriente Médio, o indo-europeu, a língua oficial do Império Romano. Esse indo-europeu foi se modificando do mesmo jeito que nós modificamos o português dos nossos bisavós hoje. Só que como o "Homo Sapiens" estava espalhado, em cada lugar ele se modificou de um jeito diferente e deu origem à maior parte das línguas ocidentais existentes hoje, do português ao russo, do alemão ao hindi.

Acho que é mais fácil pensar assim: hoje usamos "códigos" ou gírias que só o seu grupo de amigos entende? A lógica é mais ou menos essa. E aí chega um momento em que a forma com que você fala é tão diferente da forma como o pessoal do bairro vizinho fala que se tornam duas formas de linguagem diferentes. Agora, imaginem que aconteça o mesmo no mundo inteiro. Muitas maneiras de falar, não é? Dá margem a muito mais modificações e linguagens diferentes. Em 1500, o português que se falava aqui e o que se falava em Portugal era o mesmo. A distância, os hábitos e costumes fizeram com que aqui essa linguagem evoluísse de um jeito e lá de outro.



Dar a essas linguagens o status de "língua" é uma questão política, histórica e econômica. O português e o espanhol vêm ambos do latim e se desenvolveram ambos na península ibérica. Portugal já foi dominado pela Espanha e por isso tornou-se importante para Portugal separar as duas línguas (num momento em que o português e o espanhol tinham mais semelhanças que diferenças). O alemão propriamente dito só existe na mídia porque em cada cidade da Alemanha se fala um dialeto diferente. Às vezes a linguagem é mais parecida com o holandês (que já foi considerado dialeto do alemão) do que com o alemão que aprendemos em escolas de idiomas. O dinamarquês, o norueguês e o sueco são praticamente o mesmo idioma, falantes de uma língua se comunicam perfeitamente com falantes de outra. As diferenças entre eles são mais ou menos a diferença entre o português que se fala no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e em Fortaleza, por exemplo. Mas por fazerem parte da identidade de três nações diferentes, convencionou-se chamá-las de "línguas", e são hoje independentes entre si.


Espero não ter enrolado muito e sim ter respondido a pergunta!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

"Jogo de Cintura"






Ter jogo de cintura é ter a capacidade de se adaptar às situações, muitas vezes adversas do dia a dia. A origem da expressão está relacionada ao pugilismo. Jogo de cintura é a facilidade de se esquivar com o tronco, para ter uma movimentação maior durante a luta. Outra situação na qual se usa bastante essa expressão é nas brincadeiras infantis como o bambolê.

Você escreve à Machado de Assis?


Certas expressões são usadas no dia-a-dia e nem bem sabemos de onde vieram. Muitas são culturais como “sem eira nem beira”, mas outras são resultados apenas de mecanismos linguísticos que, em minha opinião, vêm facilitar o uso da linguagem. Vejam por exemplo o caso deste post. Como é que se deve escrever? “A ou À Machado de Assis?
Depende, meu caro leitor. Se ele está escrevendo "para Machado de Assis”, não há o acento grave:
"Ele escreve a Machado de Assis." (= para Machado)
Se ele escreve "à moda ", "ao estilo" de Machado de Assis, primeiramente tenho de expressar minha admiração, pois é um dos meus escritores preferidos e, nesse caso, o uso do acento grave é obrigatório:
"Ele escreve à Machado de Assis." (= ao estilo de Machado de Assis)
Bom, pelos exemplos, vemos que usaremos o acento grave sempre que houver uma destas locuções subentendidas: "à moda de", "à maneira de" ou "ao estilo de":
"Sapato à Luís XV."
"Poesia à Manuel Bandeira."
"Revolução à 1930."
"Vestir-se à 1800."
"Filé à francesa."
"Bife à milanesa."
OBSERVAÇÃO 1: Em "Moramos em São José dos Campos de 2005 a 2010", não há crase porque não há artigo definido antes de 2010. Em "Elas se vestem à 1970", há acento grave porque subentendemos "à moda de 1970".
OBSERVAÇÃO 2: Se os nossos cardápios fossem bem escritos, em português é claro, teríamos um "festival de crase":
"Viradinho à paulista." (=à moda de São Paulo)
"Tutu à mineira." (=à moda de Minas)
"Camarão à baiana." (=à moda da Bahia)
"Churrasco à gaúcha." (=à moda gaúcha)
Observe que neste caso o acento grave deve ser usado mesmo antes de palavras masculinas:
"Churrasco à Osvaldo Aranha." (=à moda de Osvaldo Aranha)
O simples fato de estar no cardápio não garante a crase:
"Filé a cavalo"
"Frango a passarinho."
Não usamos o acento grave nesses dois exemplos. A locução "à moda de" não está subentendida. Um "filé a cavalo" não é um "filé à moda do cavalo". Ainda bem, pois seria, no mínimo um paradoxo “vegan”!

terça-feira, 12 de junho de 2012

"Quebrar o gelo"

‘Quebrar o gelo’ é ser cortês, ser amigável com alguém, no primeiro contato, individual ou em público, deixando o ambiente menos formal e frio. Quebrar o gelo também pode ser criar uma situação amistosa, após uma briga ou indisposição. Também há uma expressão parecida na língua inglesa: break the ice, que tem o mesmo significado.

"Cair a Ficha"

‘Cair a ficha’ é uma expressão antiga, que existe até hoje. Antigamente, os telefones públicos eram acionados por fichas, espécie de moedas compradas em bancas de revistas, padarias e armazéns. Essas fichas eram distribuídas pelas companhias de telefonia da época. Usava-se a expressão ‘cair a ficha’ quando o telefone público reconhecia a ficha e permitia a ligação. Hoje em dia, ‘cair a ficha’ significa ‘se dar conta de algo, de repente’. É passar a compreender realmente um fato ou uma situação; perceber aquilo a que até então não se dera atenção.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Numerais em um só post


Muitos alunos, sejam eles do curso básico, intermediário ou avançado, ainda têm dúvidas quando o assunto é números, assim que achei que seria interessante postar algo bem resumidinho a respeito.
Dúvidas, já sabem, discutimos em aula!


Numeral é uma palavra que exprime número de ordem, múltiplo ou fração. 


Os numerais classificam-se em:

1º) Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, treze, catorze, vinte, trinta, quarenta, cinqüenta, cem, mil, milhão, bilhão.
2º) Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, etc.
3º) Fracionários: meio, um terço, um quarto, um quinto, um sexto, um sétimo, um oitavo, um nono, um décimo, treze avos, catorze avos, vinte avos, trinta avos, quarenta avos, cinqüenta avos, centésimo, milésimo, milionésimo, bilionésimo.
4º) Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, nônuplo, décuplo, cêntuplo.

Atenção para a grafia dos numerais cardinais:

16 – dezesseis
600 – seiscentos
50 – cinqüenta
60 – sessenta
17 – dezessete
13 – treze
14 – catorze ou quatorze

Atenção para a grafia dos seguintes numerais ordinais:

6º - sexto
400º - quadringentésimo
900º - nongentésimo
80º - octogésimo
11º - undécimo
600º - seiscentésimo
70º - septuagésimo
300º - trecentésimo
12º - duodécimo
500º - qüingentésimo
100º - centésimo
1.000º - milésimo
50º - qüinquagésimo
700º - setingentésimo
200º - ducentésimo
800º - octingentésimo
60º - sexagésimo

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

1ª) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos, tomos ou partes de obras, usam-se os ordinais para a série de 1 a 10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo.
Exemplos: D. Pedro II (segundo), Luís XV (quinze), D. João VI (sexto), João XXIII (vinte e três), Pio X (décimo), Capítulo XX (vinte).

2ª) Quando o substantivo vier depois do numeral, usam-se sempre os ordinais.
Exemplos: primeira parte, décimo quinto capítulo, vigésimo século.

3ª) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais, usa-se o ordinal até 9 e daí em diante o cardinal.
Exemplos: artigo 1° (primeiro), artigo 12 (doze).

4ª) Aos numerais que designam um conjunto determinado de seres dá-se o nome de numerais coletivos.
Exemplos: dúzia, centena.

5ª) A leitura e escrita por extenso dos cardinais compostos deve ser feita da seguinte forma:
a) Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a conjunção e entre eles.
Exemplos: 94 = noventa e quatro ; 743 = setecentos e quarenta e três.
b) Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção e entre o primeiro algarismo e os demais (isto é, entre o milhar e a centena). Exemplo: 2438 = dois mil quatrocentos e trinta e oito.

Obs.: Se a centena começar por zero, o emprego do e é obrigatório.
5062 = cinco mil e sessenta e dois.

Será também obrigatório o emprego do e se a centena terminar por zeros.
2300 = dois mil e trezentos.

c) Se Houver vários grupos de três algarismos, omite-se o e entre cada um dos grupos.
5 450 126 230 = cinco bilhões quatrocentos e cinqüenta milhões, cento e vinte e seis mil duzentos e trinta.

6ª) Formas variantes:
Alguns numerais admitem formas variantes como catorze / quatorze, bilhão / bilião.

Nota: As formas cincoenta (50) hum (1) são erradas, muita gente usa esse tipo de escrita em cheques par evitar alterações. O correto mesmo é cinquenta e um. Assim, sem trema, :).

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Papo de Boteco: A Caipirinha Perfeita

Sexta-feira, final de semana chegando...e por quê não falar de caipirinha, um aperitivo clássico e muito conhecido no Brasil?
Feita com limão ou não, sempre será caipirinha. O que conta é a criatividade e a ocasião. Kiwi, morango, maracujá, abacaxi, melão, melancia...cada fruta tem a sua graça!
A receita pode parecer fácil, mas não é. Os ingredientes podem parecer os mais simples, mas se usados de maneira errada são traiçoeiros. Preparar a caipirinha perfeita requer alguns conhecimentos e técnicas específicas que se não dominados rendem coquetéis desproporcionais, seja no açúcar, no amargor ou na quantidade de cachaça aplicada.
Vejam algumas dicas de bartender's  para uma excelente receita:

limao A caipirinha perfeitaEscolham bem o limão

Afinal de contas, o limão corresponde a um terço da receita. O mais usado é aquele que chamamos no Brasil de limão Thaiti (de tamanho médio e com bastante sumo). Uma dica para escolher o limão é procurar aqueles de casca lisa porque são os que mais suco têm. Os de casca mole podem indicar que a fruta está passada.


Cortando o limão

116937482 6d696b1d45 A caipirinha perfeitaMuitos se perguntam se devem cortar o limão em gomos ou em rodelas. O segredo é cortar a fruta de uma maneira que seja fácil retirar a parte branca do limão pois é isso que dá o sabor amargo à caipirinha. Cortamos o limão no sentido do ponto onde se prende o caule, diferente de como cortamos as laranjas para fazer suco. Depois cortamos novamente pela metade. Assim, a parte branca fica na extremidade e fica mais fácil retirá-la.

Deem preferência ao bom e velho copo

No caso da caipirinha tradicional - de limão - , prefira preparar o drink no copo e não na coqueteleira. Coloque os quatro cortes da fruta no fundo do copo com a polpa virada para cima e, desta maneira, evitamos macerar a casca e liberar o amargor. O próximo passo é colocar o açúcar em cima e amassar o suficiente para a fruta liberar seu sumo. Mas... nunca se esqueça: NÃO SE DEVE MACERAR O LIMÃO EXAGERADAMENTE. Em se tratando de caipirinhas com outras frutas (maracujá, morango, kiwi, abacaxi...) a coqueteleira pode ser usada. O resultado costuma ser mais leve e refrescante.

Use cachaça de qualidade

Não só a cachaça, mas a vodka, o rum, a tequila, o saquê. Independente da caipirinha que for ser preparada é indispensável usar uma bebida de qualidade. Quanto melhor a qualidade do destilado, melhor será  a caipirinha. Aqui no México vocês podem encontrar a cachaça brasileira Pitú, mas, em geral, eu prefiro a 51. 

Associem a fruta certa à bebida certa

caipirinha 2 A caipirinha perfeitaUm dos pontos mais importantes no preparo da caipirinha é saber casar a fruta com a bebida certa. A cachaça, a vodka e o saquê (as três bebidas mais utilizadas na receita da caipirinha) têm características muito diferentes quando combinadas com frutas diferentes. Seguem abaixo algumas combinações sugeridas por bartenders:


  • cachaça: com frutas cítricas como o limão (1 unidade), lima-da-pérsia (1/2 unidade) e frutas brasileiras como a jabuticaba (15 unidades).
  • saquê: com frutas mais delicadas como a uva verde (8 unidades grandes), morango (7 unidades) e kiwi (1 unidade). Não use frutas cítricas e nem ácidas!
  • vodka: a vodka combina com quase todas as frutas menos aquelas mais cremosas como a banana e o mamão.

Adicionando ervas e especiarias à sua receita 

waldmeister caipirinha 800 600 e1315853803590 A caipirinha perfeitaAlguns bebedores mais sofisticados têm o costume de adicionar algumas ervas aromáticas como o manjericão e o alecrim à receita de caipirinha. Ainda outros, adicionam pimenta. Outra dica interessante é adicionar hortelã com frutas cítricas ou ácidas e pimenta com as mais doces (maracujá, caju, carambola). Só tenham cuidado ao preparar sua caipirinha com ervas aromáticas porque seu drink pode ficar intenso demais e perder o sabor.

Caipirinha em jarra é comum, mas não o ideal


Botequim Informal Caipirinha na jarra Rodrigo Castro 11 e1315854092346 A caipirinha perfeitaEm geral, se recomenda evitar o preparo de caipirinha em jarras ou em qualquer recipiente de grande quantidade. O resultado final nunca será o mesmo. 
Caso você precise preparar em grande escala, os bastender's mais experientes indicam que vocês preparem o coquetel na coqueteleira, em pequenas quantidades e depois ir adicionado à jarra. Mas, o mais correto é enfileirar diversos coporos, cortar todas as frutas e fazer várias caipirinhas de uma só vez. 


Alunos etílicos, entendam que a receita perfeita de caipirinha é uma arte e você, o artista. Um bom coquetel, preparado com ingredientes de qualidade e de maneira adequada é uma experiência gratificante para todos, tanto para o sortudo bebedor quanto para a reputação do barman que o preparou. Bom drink a todos e um excelente fim de semana! Saúde!!!

Fonte:  www.etilicos.com 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Você sabe rezar em português?


O feriado de Corpus Christi no Brasil me lembrou rezar...
Sou uma dessas católicas que não frequentam muito a igreja, mas tive uma formação religiosa importante. Estudei muitos anos em colégios de freiras e fiz parte de grupos de jovens em uma igreja católica cerca de minha casa. Há onze anos moro no México e até hoje não sei rezar em espanhol...  Não é nada que me constranja, porque rezo mesmo em português (só é ruim quando tenho uma multidão rezando em espanhol ao meu redor) mas acho que poderia ser muito útil conhecer algumas orações em português:


• GLÓRIA: 
Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, agora e sempre por todos os séculos dos séculos. Amém

 • SANTO ANJO:
Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina; sempre me rege, me guarde me governe, me ilumine.
Amém
• CREDO: 
Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na santa igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

• PAI NOSSO: 
Pai Nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

• AVE-MARIA: 
Ave-Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

• SALVE RAINHA: 
Salve Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A Vós bradamos os degredados filhos de Eva; a Vós suspiramos, gemendo e chorando, neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria. Rogai por nós, santa mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.

• ANGELUS:
O anjo do Senhor anunciou a Maria, e Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave-Maria...
Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Vossa palavra.
Ave-Maria...
E o verbo divino se fez carne e habitou entre nós.
Ave-Maria...
OREMOS: Infundi, Senhor, nós vos suplicamos a vossa graça em nossos corações, para que nós, que pela anunciação do anjo, cheguemos ao conhecimento da encarnação do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e pelos merecimentos de sua paixão e morte de cruz sejamos conduzidos à glória da ressurreição pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor.
Amém.
Glória ao Pai... (3 vezes)

Homófonas e Homógrafas: Entorno, em torno e torno


Algumas palavras apresentam semelhança sonora mas possuem diferentes significados.

Se você é uma daquelas pessoas que vive em torno (ô) de um dicionário e busca a forma correta de utilizar esta ou aquela palavra está no caminho certo para ampliar o seu vocabulário.

Desta maneira, você descobrirá que no 
entorno (ô) daquelas seções reservadas à gramática, sempre  estará o dicionário. Mas não se preocupe, se não encontrar a palavra no dicionário, torne a buscá-la até encontrá-la.

No primeiro exemplo temos “em torno”, uma locução adverbial de lugar, que significa “em volta” ou "ao lado",  logo, "em torno de"  ou "em torno a" significam "em volta de", "à volta de" ou "aproximadamente":

"Houve muitas brigas em torno do estádio. Havia em torno de dez mil torcedores no estádio."
"Como não havia ninguém em torno, fugiu correndo"

Quanto ao segundo, “entorno” significa o ambiente existente ao redor de qualquer ponto central. Entorno é um substantivo masculino e significa o que rodeia, arredor, cercania, vizinhança, ambiente. É derivado de "entornar", por influência do espanhol "território ou conjunto de acidentes ou paragens que rodeiam um lugar", diz o dicionário Houaiss. 

"As brigas foram no  entorno do estádio."  ou "Os imigrantes viviam no entorno das cidades."

Já viu que eu entorno (ó) o caldo, se não tiver cuidado

Neste terceiro caso escrevemos da mesma maneira que o segundo mas a mesma palavra com o “ó” aberto, está conjugado em primeira pessoa, só que do verbo tornar, voltar, derramar, emborcar.  Mas você sabia que existe o torno, ora pronunciado com o som fechado (ô)? 

O torno (ô) é um substantivo masculino, uma máquina empregada para dar acabamento a peças de barro, madeira, ferro etc:
torno dá polidez e forma às esculturas. 

Com a mesma grafia, mas com o ó tónico (aberto), existe também "torno" (ó), a forma verbal de tornar, voltar. 


"Torno a dizer que não tenho dinheiro nenhum no exterior", diz um político a um radialista. 

Para quem gosta de nomenclatura, essas similaridades na forma de escrever no verbo “torno(ó) e o substantivo “torno(ô), assim como o verbo “entorno(ó) e o substantivo “entorno(ô), significa que essas palavras são homógrafas, ou seja, iguais na escrita, mas que se diferenciam quanto à pronúncia e ao significado. Já as palavras “em torno” e “entorno” são consideradas homófonas (considerando a tonicidade fechada da vogal “o”), uma vez que são diferentes na escrita e no significado, mas são iguais na pronúncia.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

"Olho por olho, dente por dente"


Existem muitas expressões relacionadas com o tema vingança como "A vingança é prato que serve frio", "A vingança será maligna", mas nenhuma delas está tão relacionada com a Lei de Talião - a vingança penal - como a máxima "olho por olho, dente por dente" que estabelece uma relação entre o mal causado e o castigo imposto ao que o causou: tal crime, tal pena.


 
A expressão mais comum da lex talionis é “olho por olho, dente por dente", mas outras interpretações foram dadas também. Códigos da Lei, seguindo o princípio da lex talionis têm uma coisa em comum: prescrevem uma punição do tamanho exato para uma ofensa. No famoso código jurídico escrito por Hamurabi, o princípio da reciprocidade ainda é muito usado. Por exemplo, se uma pessoa causou a morte do filho de outra pessoa, aquela pessoa que matou o filho (o homicida) seria morto por esse crime.
Os primeiros indícios da Lei de Talião (lex talionis) foram encontrados no Código de Hamurabi -  um dos primeiros conjuntos de leis da historia da antiga Mesopotâmia - em 1780 a.C., no reino da Babilônia. Esse princípio permite que as pessoas façam justiça pelas próprias mãos, com reciprocidade extrema e de forma desproporcionada, desde e quando esteja relacionado com crimes e delitos. Naquela época, a punição era dada de acordo com a categoria social do criminoso e da vítima.