terça-feira, 28 de agosto de 2012

Flash Mob?

O termo Flash Mob agora virou moda.  Já não é raro ler uma reportagem sobre um flash mob nos cadernos de propaganda, marketing, inovações dos principais jornais e revistas do Brasil...Mas vocês sabem o que é um flash mob?

Em primeiro lugar, na essência o termo seria escrito assim, separado, como acabei de escrever, no entanto já está sendo utilizado como um neologismo (FlashMob) e o encontramos grafado tudo junto, como hoje  escrevemos "Brainstorm".
Pedi ajuda à tia Wikipedia para explicar isso pra vocês...
Do inglês, Flash Mob é a abreviação de "flash mobilization" que significa mobilização rápida, relâmpago. Trata-se de uma aglomeração instantânea de pessoas em um local público para realizar uma ação previamente organizada. Para efeitos de impacto, a dispersão geralmente é feita com a mesma instantaneidade.

Também são todas estas ações que estão sendo combinadas, tanto por e-mail, twitter, facebook, orkut (no Brasil), onde espalhamos uma ação espontânea que irá acontecer, seja quando sabemos o que acontecerá, como foi no caso dos "sem calças" aqui no México, quando muita gente se reuniu em Reforma sem calças...
Simples assim…
Mas…as empresas têm se aproveitado desse “efeito” de impacto, causado por essas manifestações “espontâneas” e criam flash mob’s planejados, com cachês pagos, totalmente ensaiados; como podemos conferir nesse vídeo: 
Todos têm chamado os dois tipos de manifestações que ocorrem de forma inesperada por ruas ou locais públicos sejam espontâneas ou planejadas de Flash Mob.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Feliz Aniversário: envelheço na cidade...


Adoro essa música do Ira... Como muitos de vocês sabem, nesta semana eu fiz aniversário. Até quero agradecer aqui também pelo carinho e os muitos “PARABÉNS” , “FELIZ ANIVERSÁRIO”  e “Bom Natal” que recebi.  Espera um pouco, eu disse “Bom Natal”? É, disse sim...
Não temos o costume de desejar “Bom Natal” quando alguém faz aniversário no Brasil, mas se observarmos a origem da palavra Natal, que provém do latim e significa nascimento, não estaria incorreto dizê-lo. Na Roma Antiga, por exemplo, os romanos já comemoravam o dia do nascimento de uma pessoa, conhecido como “dies sollemnis natalis”. Desta forma, meu querido aluno poliglota e conhecedor do latim não esteve mal ao me desejar um Bom Natal, J
Por sua vez, “Aniversário” é também uma palavra latina que significa “aquilo que volta todos os anos. “Anniversarius” vem de “annus” e “vertere” (voltar), em outras palavras, aquilo que se faz ou que volta todos os anos. Num sentido geral, aniversário também se refere à comemoração anual de qualquer evento importante, como nascimento ou morte de alguém, final de uma ditadura, batalha ou qualquer evento de projeção nacional.
A tradição de festejar a data em que uma pessoa completa mais um ano de vida no Brasil tem também suas peculiaridades como aqui no México, vejam:  

1.  Enquanto no México os amigos e familiares ou até mesmo Mariaches nos cantam “Las Mañañitas”na hora de cortar o bolo, lá no Brasil nossos amigos e familiares nos cantam “Parabéns pra você” ,  canção adaptada em 1942 pela brasileira Bertha Celeste da original estadounidense “Happy Birthday to You”,  que por sua vez  tem origem em 1874 em uma escola do Kentucky que usava a canção “Goog Morning to All” para que as crianças cantassem na entrada.
                       Momento cultural:  “Parabéns pra você” chegou ao Brasil ainda cantada em inglês. Em                        1942, a Radio Tupi organizou, no Rio de Janeiro, um concurso para escolher uma letra que casasse com a melodia de “Happy Birthday to Yoy” e entre os cinco mil participantes, a vencedora foi Bertha Celeste Homem de Mello.   Vejam a letra da música ganhadora:
Parabéns a você,

nesta data querida,
muitas felicidades,
muitos anos de vida
Parabéns a você
nesta data querida
muitas felicidades,
muitos anos de vida!
E complementamos com:
É pique, é pique

é pique, é pique, é pique!
é hora, é hora, é hora, é hora, é hora!
Rá-Tim-Bum!
(nome do aniversariante 2X)
Algumas vezes para tirar um barato (burlarnos) do aniversariante, cantamos também:
Com quem será?
Com quem será?
Com quem será que o(a) <nome> vai casar?
<nome do namorado(a)>
Vai depender
Vai depender
Vai depender se o <nome> vai querer
Vai, vai, vai! 
2.     Aqui no México não existe uma tradição ou um ritual para o corte do bolo como, por exemplo, no Brasil, escolher um lado, cortar de baixo para cima, fazer um pedido e dar o primeiro pedaço para alguém especial, geralmente o pai ou a mãe. Aqui, o aniversariante tem que comer o primeiro pedaço do bolo dando uma mordida e deixando suas “babas” no bolo inteiro e não pode ser quem cortará e distribuirá os pedaços do bolo. Parece que dá azar... J Aqui quando cortamos o bolo é sinal de que a festa acabou, lá, muitas vezes, a festa apenas começa...   
  3. Em uma festa de aniversário lá no Brasil não pode faltar o bolo, os brigadeiros e outros doces (beijinhos de coco, cajuzinho, olho-de-sogra), também salgadinhos (coxinhas, empanadas, hot dogs), refrigerantes e outros tipos de bebidas. Aqui são muito comuns as taquizas, os tacos de barbacoa, moles, etc.  
 4. É comum lá no Brasil convidar aos amigos para comemorar nosso aniversário em restaurantes, karaokês, bares e discos, mas à diferença de aqui, cada um paga a sua própria conta.

Pois, como vocês podem ver, cada país, no caso aqui México e Brasil, têm costumes próprios para comemorar aniversários. Eu acho que existem mais diferenças entre os dois países, mas acho que essas são as mais lembradas.       

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Olimpíadas de Londres: um balanço geral por José Simão

Alguns alunos meus já conhecem ao colunista "bombástico" do jornal A Folha de São Paulo, José Simão, e outros todavia não. Para aqueles que ainda não o conhecem, sugiro que tenham uma mente aberta e muito bem humorada sobre a ordem dos acontecimentos, porque José Simão, jornalista empírico e humorista de língua afiada (= diz a verdade sem maquiagem alguma) de uma forma debochada (= irônica) e com estilo próprio ainda que para isso ele escreva errado ("nóis" gosta, quando é nós gostamos; os gringo pira, quando os "os gringos piram", etc); para os que já leram alguma coluna dele, pelo menos em aula, divirtam-se com o último balanço das Olimpíadas do Macaco Simão, Rá-Rá-Rá!  

A Autora deste blog adverte: Simão pode ser prejudicial ao seu bom senso, por isso apelo a que neste momento você não encontre razões para não conhecê-lo ou entendê-lo!


Ueba! O Mano não é humano!

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Tremedeira! Suor! Dor de cabeça! Síndrome de abstinência das Olimpipocas! Onde estou? Cadê todo mundo? CADÊ TODO MUNDO? Rarará!
Festa de encerramento no Brasil vai se chamar Saideira! E abertura, Esquenta! E no lugar de "Imagine", de John Lennon, vamos cantar o grande hit brasileiro: "Imagine na Copa!". "Imééégine na Cóóópa!" Rarará! E vamos fazer melhor! Arlindo Cruz já fez música incrível! Eu acho que "os gringo pira".
E um amigo revela a grande lição dessa Olimpíada: se for saltar com vara, feche a janela. Cuidado com o vento! Rarará! E cadê o Neymar? Tá vendendo pipoca. Pipocão K-Sabor! Virou pipoqueiro. Pipoqueiro de Chapinha! No lugar do Neymar, eu botava o Niemeyer! Vai, Niemeyer! Rarará!
E o site Futirinhas revela que o Neymar ganhou medalha em penteado ornamental. E o Mano? Tá lá no centro com a placa COMPRO OURO URGENTE! O Mano não é humano! Jogo do bicho: sonhei com o Mano. E ganhei no burro! Rarará!
E jogador brasileiro só quer aparecer na televisão! Selecinha sem vícios: não fuma, não bebe e não joga. A selecinha do Mano não tem ataque, tem vertigem! E, no lugar do Neymar, eu botava aquele peladeiro de Vianas, "Frango do Carrefour".
Sabe por que ele tem esse apelido? Porque ele solta muitos gases em campo e bota a culpa no frango do Carrefour. "Ah, foi o frango do Carrefour que eu comi". E na defesa eu botava o "Bosta de Urso", não passava nada!
E a grande piada pronta: Gol do Peralta! Gol do Peralta! Mais um gol e esse Peralta ia pedir um bolero no "Fantástico"! Coração de torcedor brasileiro não bate, apanha! Rarará! É mole? É mole, mas sobe!
E o ranking das medalhas! Ouro! Queria mais ouro nem que fosse pra botar no prego! Ganhamos menos ouro que a corrente do Tufão! Mas já dá pra fazer duas torneiras! Rarará! Prata eu não quero! Faqueiro eu ganho da "Caras"! Rarará! E muito bronze! Bronzil! Equipe Sundown! Fábrica de sino!
A gente zoa das medalhas, mas ama os atletas! Seleção é que dá bode! O Mano ganhou uma merdalha. Merdalha de ouro! Rarará! Passei a Olimpíadas inteira gritando: "Chama o helicóptero do Incor". Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

José Simão
José Simão começou a cursar direito na USP em 1969, mas logo desistiu. Foi para Londres, onde fez alguns bicos para a BBC. Entrou na Folha em 1987 e mantém uma coluna que considera um telejornal humorístico.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Garota de Ipanema


'Garota de Ipanema' completa 50 anos de sucesso mundial

         
Rio de Janeiro, 2 ago (EFE).- A canção mais célebre da Bossa Nova, a mítica 'Garota de Ipanema', completa nesta quinta-feira 50 anos desde que foi interpretada pela primeira vez em público, dando início à sua incomparável trajetória de sucesso que ultrapassou as fronteiras da música.

Em 2 de agosto de 1962, Tom Jobim, João Gilberto, Vinícius de Moraes, o baterista Milton Banana e o contrabaixista Otávio Bailly deslumbravam o Rio de Janeiro interpretando em um clube a canção que faria sombra a todas as demais desse gênero musical.

A simples mas elegante melodia de 'Garota de Ipanema' passou por acima de outras mais elaboradas, como a genial 'Chega de Saudade', também do prolífico Tom Jobim.

A letra, escrita por Vinícius por encomenda de seu amigo Tom para acompanhar uma melodia que fizera pouco tempo antes, nasceu com o nome de 'Menina que Passa', mas foi rebatizada, dando lugar ao título conhecido por todos, segundo explicou à Agência Efe o professor de literatura e especialista em Bossa Nova Carlos Alberto Afonso.

No início dos anos 60, quando Vinícius e Jobim dedicavam horas ao uísque no Bar Veloso, na antiga Rua Montenegro (hoje Rua Vinícius de Moraes), em Ipanema, os dois gênios da música brasileira espiavam o 'doce balanço' dos quadris de uma linda jovem que passava em direção à praia.

Três meses depois da apresentação no Brasil, aconteceu a estreia na famosa sala de concertos Carnegie Hall, em Nova York, onde os mestres da Bossa Nova deixariam plantada uma semente que germinaria em forma de disco gravado com o saxofonista americano Stan Getz.

O tema foi gravado em inglês por Astrud Gilberto e foi estendida pela célebre execução de Getz a pouco mais de cinco minutos.

'Para reconhecer a melodia de 'Garota' não é preciso mais que um minuto, mas essa forma maravilhosa de interpretá-la de Getz a estendeu mais que na versão original', disse Afonso à Efe em sua loja, chamada Toca do Vinícius, situada no coração de Ipanema e transformada em um autêntico museu e templo da Bossa Nova.

Mais tarde, em 1965, Vinícius confessaria que sua musa foi uma adolescente chamada Helô Pinheiro, que graças a sua figura inspiradora desfruta de fama no Brasil e em outros países, se tornou uma atriz de telenovelas, organizadora de concursos de beleza e empresária.

'Eu nunca respondia a seus elogios, só entrava no bar para comprar cigarros para meus pais ou passava por ali para aproveitar meus dias livres ao sol', explicou Helô à Efe em recente entrevista.

Afonso assinalou que foi a Bossa Nova que exerceu influência no jazz, não o contrário, 'porque nessa época as melodias de Cole Porter já estavam desgastadas'.

Para Afonso, também houve motivos políticos para o impulso que os americanos deram à Bossa Nova, já que a Guerra Fria fez com que quisessem usar a música tropical brasileira para resistir à salsa cubana.

'A Bossa Nova busca o mesmo que a arte renascentista: a perfeição através da simplicidade', concluiu Afonso.

Em 1967, Frank Sinatra ligou para Tom Jobim, que atendeu ao telefone no próprio Bar Veloso, e o convidou para gravar 'Garota de Ipanema'. A voz de Sinatra fez com que a canção chegasse ao mundo inteiro.

Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, é hoje um lugar de visita obrigatória para os amantes do jazz, da Bossa Nova e da música em geral.

Em suas ruas podem ser encontradas a casa onde Tom Jobim viveu grande parte de sua vida, o bar onde o maestro se encontrava com Vinícius e um dos últimos locais remanescentes na cidade com programação diária de Bossa Nova ao vivo.
Em Ipanema também está o primeiro monumento erguido em homenagem a este estilo musical, um mural que enfeita a parede da estação de metrô do bairro.

FONTE: