segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Superstições: você acredita? Eu não...


Quem nunca foi supersticioso, jamais brindou com quem não estivesse bebendo o mesmo que a outra pessoa porque seus desejos poderiam ser invertidos. Tampouco tem medo de cruzar com um gato preto ou passar debaixo de uma escada, porque dizem os supersticiosos que dá má sorte ou uma desgraça maior pode ameaçar cair em cima. Cruz credo! Bate na madeira três vezes para espantar qualquer coisa ruim! Mas é só para prevenir, nada mais! Não vão pensar que eu sou supersticiosa por isso, hein?
Já fiquei muito preocupada quando vários espelhos meus quebraram em menos de um ano. Quando comecei a multiplicar o número de espelhos quebrados por 7 anos de falta de sorte, pensei "são muitos anos, isso não pode ser certo".
Quando eu trabalhava todo o dia e não tinha empregada, eu varria toda a casa à noite e eram momentos tão tranquilos, que mal posso acreditar que existam pessoas que acreditem que expulsa a tranquilidade... Alguma vez uma de minhas visitas me disse que eu queria ela fosse embora de minha casa muito rápido? Perguntei por quê e me disseram que era porque eu tinha uma vassoura na porta do meu quintal. Hoje, minhas vassouras ficam longe das portas de entrada ou saída. Mas não porque eu acredite nessas crendices populares!
Acho bobagem quem disse que na hora de acordar precisamos nos  acostumar  a abrir os dois olhos ao mesmo tempo para ver tudo com clareza e não ser enganados por ninguém! Mas, por via das dúvidas, sempre dou o primeiro passo com o pé direito. Não que eu acredite nessas coisas, Deus me livre e guarde!
Não sei onde aprendi isso, mas  sempre sou a primeira a dizer que coceira na palma da mão é sinal de que dinheiro vem chegando. Também tenho o costume de dizer que quando um passarinho faz ninho em casa é sinal de que boas notícias vão chegar. 
Numa virada de ano, eu e meu marido entramos em casa com malas nas mãos e superstição ou não, neste ano viajamos muito: um pra cada lado! Há quatro anos não fazemos isso e ainda assim não acredito em superstições.
Eu não sou supersticiosa, mas também nunca uso o antônimo de sorte, vocês já perceberam? Em minha casa sempre tem um elefante de enfeite com a tromba erguida mas de costas para a porta de entrada, porque, dizem por aí, que evita a falta de dinheiro... mas eu não sou supersticiosa, viu?
E, apesar de tudo isso, ainda não deixo de chamar São Longuinho e pedir que me encontre coisas perdidas. Quando as encontro, cumpro a promessa de dar três pulinhos! Tenho um trevo de quatro folhas em minha carteira. Não é superstição não, mas nunca é demais atrair um pouco de sorte, vocês não acham? Na carteira tenho também uma nota Indiana que ganhei de um conhecido em Panamá. Segundo esse hindu, é bom para atrair boa fortuna e nunca faltar dinheiro. Até hoje não tenho de quê reclamar...
Eu não sou supersticiosa não, qualquer semelhança é puro conto! Mas também nunca uso o antônimo de sorte, vocês já perceberam? Em minha casa sempre tem um elefante de enfeite com a tromba erguida mas de costas para a porta de entrada, porque, dizem por aí, que evita a falta de dinheiro... mas eu não sou supersticiosa, viu?
E aí, sua vida está cheia de superstições? Você vive rezando, fazendo limpas, promessas, peregrinações ou tem outras manias que eu não tenha para espantar a má sorte? Não seja tímido ou tímida, me conte o que passou contigo ou algum conhecido... Quero saber se como eu, você também não acredita nessas coisas...
:-)

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Independência do Brasil: uma história diferente...

Nunca me esqueço de uma aula de história no cursinho... Depois dessa aula nada foi o mesmo, : ) Passei a perceber que havia uma história dentro de cada história. Foi quando eu descobri que os livros às vezes omitem, "douram a pílula"... será que por isso sou jornalista? Talvez...tudo é possível nessa vida, (risos).


Quadro de Pedro Américo, 1888, "Independência ou Morte" mais conhecido como o "o Grito do Ipiranga"
O culpado mesmo, não foi meu professor, mas sim o Pintor Pedro Américo, que pintou um quandro com soldados bem fardados, colocou uma colina no vale do rio Ipiranga e trocou o pangaré - cavalo ou mula velha - de D. Pedro I por um cavalo Alazão. Dizem por aí... que até mesmo a data 7 de setembro de 1822 é puramente simbólica, uma vez que a independência propriamente dita ainda demorou uns anos e custou uma senhora grana à título de indenização pago à Portugal.

A verdade é que foi divertido, naquela época, conhecer uma outra versão daquela oficial da história da Independência do Brasil. Antes eu visualizava D. Pedro, primeiro Imperador do Brasil,  gritando às margens do rio Ipiranga com a espada em punho e gritando com todas as suas forças "independência ou morte"... Agora o que visualizo é bastante diferente, :-)  Leiam essa estória e entenderão o que quero dizer!

O texto original está cheio de palavrões (= grosserias) e porque alguma vez já censuraram um  blog meu, omitirei essas "palavrinhas" que provocam tantos efeitos! 

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO GRITO DA INDEPENDÊNCIA (contada por um jornalista que nunca esteve lá para contar...)

Voltando da cidade de Santos, D. Pedro e sua comitiva cavalgam em direção a São Paulo. À frente, montado em uma mula, vai o príncipe regente, ladeado por seu conselheiro Gomes, mais conhecido como Chalaça, cuja principal função é ajudar o príncipe em suas escapulidas sórdidas. Ambos conversam:
- Chalaça, acho que aquele doce de ovos queimados não me caiu bem...
- Vossa Alteza é que exagerou na sobremesa. Comeu demais.
- O que eu queria comer mesmo era aquela formosura...
- Dona Domitila? Bem que desconfiei... Ela não é casada? 
- Tudo bem não sou ciumento. Rêêêê!...
- Depois  eu é que sou o Chalaça. Cara mais gaiato...
- Mas tirando essa dor de barriga, esta viagem foi proveitosa. Botamos ordem em São Paulo e os Andrada no poder de novo. Pelo menos Bonifácio não me torra mais a paciência com este assunto. 
- Falando em torrar a paciência, como está seu pai? Ele tá digerindo bem esta sua história de se recusar a voltar a Portugal? 
- Não me fale em digestão ca$%$#@! A minha não está das melhores. E não esquenta com o meu pai. Eu tou enrolando ele. Não viu no início do ano? Fiquei dizendo que iria voltar. Mas acabei ficando mesmo.
- Sei não, Pedro. Teu pai até que é tranquilo, mas o fresco do seu irmão Miguel e aquela rapariga de cego da Carlota enchem a cabeça de D. João.
- Aquela peste enche a cabeça de meu pai é de chifre. Ela deve ter dado pra todo mundo na guarda! E além disso... Ai! 
- Que foi? 
- Vamos dar uma paradinha estratégica. Ui...
- Que foi? São os ovos queimados? 
- Queimado vai ficar meu c&¨%¨%#$#. Com licença... 
Com a rapidez de um raio, D. Pedro desce da mula e corre para uma moita às margens do rio Ipiranga. Escutam-se gemidos e som de flatulências. 
- O negocio aí tá brabo, né Pedro? 
- Fo*&%$#, Chalaça. Mais uma piadinha e você vai precisar voltar a enganar velhas viúvas para poder comer. 
Enquanto o príncipe se esvaía em bos#$%, dois cavaleiros se aproximam. Ambos descem de suas montarias e dirigem-se ao Padre Belchior, que acompanhava a comitiva. 
- Onde está o príncipe?
- Está, digamos, ocupado. 
- Temos uma mensagem urgente da Corte de Portugal. 
- Vou chamá-lo. Esperem. 
O Padre se aproximou da moita com os papéis. 
- Vossa Alteza, dois estafetas reais com decretos...
- Mas que hora! Diga-lhes que estou cag%$# para eles e os decretos! 
- Mas são estafetas... 
- Está fo¨%$#, isso sim! Vou é limpar minha bunda real com estes decretos! 
- Não é melhor o Padre ler antes? - Intervem Chalaça. 
- Que seja. Manda ver Padre! 
Belchior lê os papéis em silêncio. D. Pedro se aborrece. 
- Fala logo por¨%$#! 

" Meu filho Pedro,

Tá na hora de acabar esta farra. Você tá muito teimoso e precisa de um exemplo. Enrole seus panos e volte para a Europa, que a corte tá muito pu*&¨%$ com suas presepadas e desmandos aí neste $#@-de-judas. Estamos anulando todas as suas ordens. 
D. João VI

P.S.: Quem manda nessa po#&#%$ sou eu!"


- No $#@, pardal! - responde D. Pedro, que sai da moita, ajeitando as calças. Pega os papéis do Padre e os lê. 
- Bem que lhe falei, Pedro. E agora? Fu$#@ tudo?
- É o que vamos ver. 
Ao subir na mula, o Regente fala à guarda de honra que o acompanha: 
- Escuta aí, ô cambada! Eu tou com a gôta! E quero mais é que a corte de Portugal se fo$#@ pra lá! Eu sou mais eu! Arranquem de suas fardas as fitas de Portugal! Tá anotando, Chalaça? 
- Sim Senhor. "Independência ou morte...! 
- Não foi isso que falei caramba! 
- Vamos convir que isso fica melhor em documento oficiais do que mandar a corte se fo@$#. 
- Tá, tem razão. Que seja. Independência ou Morte, Por¨%$#! - Grita, já erguendo a espada. O pessoal da guarda se entreolha, confusos e sem muito entusiasmo. Então D. Pedro grita: 
- Tá todo mundo de folga hoje a noite. Bebida e pu%$# por minha conta!
A gritaria é geral, com os guardas arrancando as fitas com as cores portuguesas e jogando-as para o alto. 
- Você sabe animar a multidão, majestade. 
- É isso aí. E obrigado pelo majestade. 
- Com essa sua diarréia, você vai para o trono antes do que imagina. 
- Palhaço. Vamos embora que eu ainda tenho que compor um hino ainda hoje, antes de começar a farra. 


Saiba mais sobre as personalidades da Independência do Brasil:
http://www.recreio.com.br/licao-de-casa/saiba-mais-sobre-as-personalidades-ligadas-a-independencia-do-brasil


Momento cultural: "dourar a pilula": dizem que essa expressão vem do costume que as farmácias tinham de embrulhar as pílulas em papel dourado. Uma estratégia, nada mais, para seduzir ao cliente e tentar ocultar o sabor amargo do remédio.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Flash Mob?

O termo Flash Mob agora virou moda.  Já não é raro ler uma reportagem sobre um flash mob nos cadernos de propaganda, marketing, inovações dos principais jornais e revistas do Brasil...Mas vocês sabem o que é um flash mob?

Em primeiro lugar, na essência o termo seria escrito assim, separado, como acabei de escrever, no entanto já está sendo utilizado como um neologismo (FlashMob) e o encontramos grafado tudo junto, como hoje  escrevemos "Brainstorm".
Pedi ajuda à tia Wikipedia para explicar isso pra vocês...
Do inglês, Flash Mob é a abreviação de "flash mobilization" que significa mobilização rápida, relâmpago. Trata-se de uma aglomeração instantânea de pessoas em um local público para realizar uma ação previamente organizada. Para efeitos de impacto, a dispersão geralmente é feita com a mesma instantaneidade.

Também são todas estas ações que estão sendo combinadas, tanto por e-mail, twitter, facebook, orkut (no Brasil), onde espalhamos uma ação espontânea que irá acontecer, seja quando sabemos o que acontecerá, como foi no caso dos "sem calças" aqui no México, quando muita gente se reuniu em Reforma sem calças...
Simples assim…
Mas…as empresas têm se aproveitado desse “efeito” de impacto, causado por essas manifestações “espontâneas” e criam flash mob’s planejados, com cachês pagos, totalmente ensaiados; como podemos conferir nesse vídeo: 
Todos têm chamado os dois tipos de manifestações que ocorrem de forma inesperada por ruas ou locais públicos sejam espontâneas ou planejadas de Flash Mob.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Feliz Aniversário: envelheço na cidade...


Adoro essa música do Ira... Como muitos de vocês sabem, nesta semana eu fiz aniversário. Até quero agradecer aqui também pelo carinho e os muitos “PARABÉNS” , “FELIZ ANIVERSÁRIO”  e “Bom Natal” que recebi.  Espera um pouco, eu disse “Bom Natal”? É, disse sim...
Não temos o costume de desejar “Bom Natal” quando alguém faz aniversário no Brasil, mas se observarmos a origem da palavra Natal, que provém do latim e significa nascimento, não estaria incorreto dizê-lo. Na Roma Antiga, por exemplo, os romanos já comemoravam o dia do nascimento de uma pessoa, conhecido como “dies sollemnis natalis”. Desta forma, meu querido aluno poliglota e conhecedor do latim não esteve mal ao me desejar um Bom Natal, J
Por sua vez, “Aniversário” é também uma palavra latina que significa “aquilo que volta todos os anos. “Anniversarius” vem de “annus” e “vertere” (voltar), em outras palavras, aquilo que se faz ou que volta todos os anos. Num sentido geral, aniversário também se refere à comemoração anual de qualquer evento importante, como nascimento ou morte de alguém, final de uma ditadura, batalha ou qualquer evento de projeção nacional.
A tradição de festejar a data em que uma pessoa completa mais um ano de vida no Brasil tem também suas peculiaridades como aqui no México, vejam:  

1.  Enquanto no México os amigos e familiares ou até mesmo Mariaches nos cantam “Las Mañañitas”na hora de cortar o bolo, lá no Brasil nossos amigos e familiares nos cantam “Parabéns pra você” ,  canção adaptada em 1942 pela brasileira Bertha Celeste da original estadounidense “Happy Birthday to You”,  que por sua vez  tem origem em 1874 em uma escola do Kentucky que usava a canção “Goog Morning to All” para que as crianças cantassem na entrada.
                       Momento cultural:  “Parabéns pra você” chegou ao Brasil ainda cantada em inglês. Em                        1942, a Radio Tupi organizou, no Rio de Janeiro, um concurso para escolher uma letra que casasse com a melodia de “Happy Birthday to Yoy” e entre os cinco mil participantes, a vencedora foi Bertha Celeste Homem de Mello.   Vejam a letra da música ganhadora:
Parabéns a você,

nesta data querida,
muitas felicidades,
muitos anos de vida
Parabéns a você
nesta data querida
muitas felicidades,
muitos anos de vida!
E complementamos com:
É pique, é pique

é pique, é pique, é pique!
é hora, é hora, é hora, é hora, é hora!
Rá-Tim-Bum!
(nome do aniversariante 2X)
Algumas vezes para tirar um barato (burlarnos) do aniversariante, cantamos também:
Com quem será?
Com quem será?
Com quem será que o(a) <nome> vai casar?
<nome do namorado(a)>
Vai depender
Vai depender
Vai depender se o <nome> vai querer
Vai, vai, vai! 
2.     Aqui no México não existe uma tradição ou um ritual para o corte do bolo como, por exemplo, no Brasil, escolher um lado, cortar de baixo para cima, fazer um pedido e dar o primeiro pedaço para alguém especial, geralmente o pai ou a mãe. Aqui, o aniversariante tem que comer o primeiro pedaço do bolo dando uma mordida e deixando suas “babas” no bolo inteiro e não pode ser quem cortará e distribuirá os pedaços do bolo. Parece que dá azar... J Aqui quando cortamos o bolo é sinal de que a festa acabou, lá, muitas vezes, a festa apenas começa...   
  3. Em uma festa de aniversário lá no Brasil não pode faltar o bolo, os brigadeiros e outros doces (beijinhos de coco, cajuzinho, olho-de-sogra), também salgadinhos (coxinhas, empanadas, hot dogs), refrigerantes e outros tipos de bebidas. Aqui são muito comuns as taquizas, os tacos de barbacoa, moles, etc.  
 4. É comum lá no Brasil convidar aos amigos para comemorar nosso aniversário em restaurantes, karaokês, bares e discos, mas à diferença de aqui, cada um paga a sua própria conta.

Pois, como vocês podem ver, cada país, no caso aqui México e Brasil, têm costumes próprios para comemorar aniversários. Eu acho que existem mais diferenças entre os dois países, mas acho que essas são as mais lembradas.       

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Olimpíadas de Londres: um balanço geral por José Simão

Alguns alunos meus já conhecem ao colunista "bombástico" do jornal A Folha de São Paulo, José Simão, e outros todavia não. Para aqueles que ainda não o conhecem, sugiro que tenham uma mente aberta e muito bem humorada sobre a ordem dos acontecimentos, porque José Simão, jornalista empírico e humorista de língua afiada (= diz a verdade sem maquiagem alguma) de uma forma debochada (= irônica) e com estilo próprio ainda que para isso ele escreva errado ("nóis" gosta, quando é nós gostamos; os gringo pira, quando os "os gringos piram", etc); para os que já leram alguma coluna dele, pelo menos em aula, divirtam-se com o último balanço das Olimpíadas do Macaco Simão, Rá-Rá-Rá!  

A Autora deste blog adverte: Simão pode ser prejudicial ao seu bom senso, por isso apelo a que neste momento você não encontre razões para não conhecê-lo ou entendê-lo!


Ueba! O Mano não é humano!

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Tremedeira! Suor! Dor de cabeça! Síndrome de abstinência das Olimpipocas! Onde estou? Cadê todo mundo? CADÊ TODO MUNDO? Rarará!
Festa de encerramento no Brasil vai se chamar Saideira! E abertura, Esquenta! E no lugar de "Imagine", de John Lennon, vamos cantar o grande hit brasileiro: "Imagine na Copa!". "Imééégine na Cóóópa!" Rarará! E vamos fazer melhor! Arlindo Cruz já fez música incrível! Eu acho que "os gringo pira".
E um amigo revela a grande lição dessa Olimpíada: se for saltar com vara, feche a janela. Cuidado com o vento! Rarará! E cadê o Neymar? Tá vendendo pipoca. Pipocão K-Sabor! Virou pipoqueiro. Pipoqueiro de Chapinha! No lugar do Neymar, eu botava o Niemeyer! Vai, Niemeyer! Rarará!
E o site Futirinhas revela que o Neymar ganhou medalha em penteado ornamental. E o Mano? Tá lá no centro com a placa COMPRO OURO URGENTE! O Mano não é humano! Jogo do bicho: sonhei com o Mano. E ganhei no burro! Rarará!
E jogador brasileiro só quer aparecer na televisão! Selecinha sem vícios: não fuma, não bebe e não joga. A selecinha do Mano não tem ataque, tem vertigem! E, no lugar do Neymar, eu botava aquele peladeiro de Vianas, "Frango do Carrefour".
Sabe por que ele tem esse apelido? Porque ele solta muitos gases em campo e bota a culpa no frango do Carrefour. "Ah, foi o frango do Carrefour que eu comi". E na defesa eu botava o "Bosta de Urso", não passava nada!
E a grande piada pronta: Gol do Peralta! Gol do Peralta! Mais um gol e esse Peralta ia pedir um bolero no "Fantástico"! Coração de torcedor brasileiro não bate, apanha! Rarará! É mole? É mole, mas sobe!
E o ranking das medalhas! Ouro! Queria mais ouro nem que fosse pra botar no prego! Ganhamos menos ouro que a corrente do Tufão! Mas já dá pra fazer duas torneiras! Rarará! Prata eu não quero! Faqueiro eu ganho da "Caras"! Rarará! E muito bronze! Bronzil! Equipe Sundown! Fábrica de sino!
A gente zoa das medalhas, mas ama os atletas! Seleção é que dá bode! O Mano ganhou uma merdalha. Merdalha de ouro! Rarará! Passei a Olimpíadas inteira gritando: "Chama o helicóptero do Incor". Nóis sofre, mas nóis goza!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

José Simão
José Simão começou a cursar direito na USP em 1969, mas logo desistiu. Foi para Londres, onde fez alguns bicos para a BBC. Entrou na Folha em 1987 e mantém uma coluna que considera um telejornal humorístico.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Garota de Ipanema


'Garota de Ipanema' completa 50 anos de sucesso mundial

         
Rio de Janeiro, 2 ago (EFE).- A canção mais célebre da Bossa Nova, a mítica 'Garota de Ipanema', completa nesta quinta-feira 50 anos desde que foi interpretada pela primeira vez em público, dando início à sua incomparável trajetória de sucesso que ultrapassou as fronteiras da música.

Em 2 de agosto de 1962, Tom Jobim, João Gilberto, Vinícius de Moraes, o baterista Milton Banana e o contrabaixista Otávio Bailly deslumbravam o Rio de Janeiro interpretando em um clube a canção que faria sombra a todas as demais desse gênero musical.

A simples mas elegante melodia de 'Garota de Ipanema' passou por acima de outras mais elaboradas, como a genial 'Chega de Saudade', também do prolífico Tom Jobim.

A letra, escrita por Vinícius por encomenda de seu amigo Tom para acompanhar uma melodia que fizera pouco tempo antes, nasceu com o nome de 'Menina que Passa', mas foi rebatizada, dando lugar ao título conhecido por todos, segundo explicou à Agência Efe o professor de literatura e especialista em Bossa Nova Carlos Alberto Afonso.

No início dos anos 60, quando Vinícius e Jobim dedicavam horas ao uísque no Bar Veloso, na antiga Rua Montenegro (hoje Rua Vinícius de Moraes), em Ipanema, os dois gênios da música brasileira espiavam o 'doce balanço' dos quadris de uma linda jovem que passava em direção à praia.

Três meses depois da apresentação no Brasil, aconteceu a estreia na famosa sala de concertos Carnegie Hall, em Nova York, onde os mestres da Bossa Nova deixariam plantada uma semente que germinaria em forma de disco gravado com o saxofonista americano Stan Getz.

O tema foi gravado em inglês por Astrud Gilberto e foi estendida pela célebre execução de Getz a pouco mais de cinco minutos.

'Para reconhecer a melodia de 'Garota' não é preciso mais que um minuto, mas essa forma maravilhosa de interpretá-la de Getz a estendeu mais que na versão original', disse Afonso à Efe em sua loja, chamada Toca do Vinícius, situada no coração de Ipanema e transformada em um autêntico museu e templo da Bossa Nova.

Mais tarde, em 1965, Vinícius confessaria que sua musa foi uma adolescente chamada Helô Pinheiro, que graças a sua figura inspiradora desfruta de fama no Brasil e em outros países, se tornou uma atriz de telenovelas, organizadora de concursos de beleza e empresária.

'Eu nunca respondia a seus elogios, só entrava no bar para comprar cigarros para meus pais ou passava por ali para aproveitar meus dias livres ao sol', explicou Helô à Efe em recente entrevista.

Afonso assinalou que foi a Bossa Nova que exerceu influência no jazz, não o contrário, 'porque nessa época as melodias de Cole Porter já estavam desgastadas'.

Para Afonso, também houve motivos políticos para o impulso que os americanos deram à Bossa Nova, já que a Guerra Fria fez com que quisessem usar a música tropical brasileira para resistir à salsa cubana.

'A Bossa Nova busca o mesmo que a arte renascentista: a perfeição através da simplicidade', concluiu Afonso.

Em 1967, Frank Sinatra ligou para Tom Jobim, que atendeu ao telefone no próprio Bar Veloso, e o convidou para gravar 'Garota de Ipanema'. A voz de Sinatra fez com que a canção chegasse ao mundo inteiro.

Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, é hoje um lugar de visita obrigatória para os amantes do jazz, da Bossa Nova e da música em geral.

Em suas ruas podem ser encontradas a casa onde Tom Jobim viveu grande parte de sua vida, o bar onde o maestro se encontrava com Vinícius e um dos últimos locais remanescentes na cidade com programação diária de Bossa Nova ao vivo.
Em Ipanema também está o primeiro monumento erguido em homenagem a este estilo musical, um mural que enfeita a parede da estação de metrô do bairro.

FONTE:

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Festa Junina e Tradições


As festas dos meses de junho e julho aqui no México são um pouquinho diferentes das realizadas no Brasil. De forma bastante resumida, aqui conto sua história...
Existem duas explicações para o termo "FESTA JUNINA". A primeira diz que surgiu com as festividades católicas que acontecem no mês de junho: São Pedro, São João e Santo Antônio. A outra versão diz que esta festa surgiu em países católicos da Europa que tinham o costume de homenagear a São João. Quiçá, por isso mesmo, naquele então era chamada de Festa Joanina.
De acordo com historiadores, esta comemoração foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial – época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal. Nesta época havia uma grande influência de elementos  culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses.
Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas.
Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos.
Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e Espanha.
Todos e cada um desses elementos culturais foram, como o passar do tempo, se misturando aos aspectos culturais do brasileiros nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

Festas Juninas no Nordeste


Embora sejam comemoradas nos quatros cantos do Brasil, na região Nordeste as festas são mais tradicionais e de grande expressão.
No mês de junho é quando se fazem homenagens aos três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro.
Como o Nordeste é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer às chuvas raras na região, onde servem  para manter a agricultura.

Comidas Típicas:

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces , bolos e salgados são feitos deste alimento.


Pamonha, curau, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho, são apenas aluns exemplos. Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bom-bocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

Tradições

Fogueira

As tradições fazem parte das comemorações.  O mês de junho é marcado pelas fogueiras que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas.
Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.

Quadrilha

Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por Igrejas, colégios, sindicartos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes.
A dança de quadrilha,  acontece durante toda a quermesse. A roupa vai do simples caipira ao luxo de um marquês. O mais comum mesmo é o chapéu de palha, a camisa xadrez, a calça curta ou jardineira e uma bota para homens. Para mulher, uma jardineira ou vestido rendado e multicolorido, ou ainda, um vestido branco cheio de detalhes coloridos para a noiva da quadrilha, com véu, grinalda e buquê. E, claro, a cara pintada é básica para todos! 
Lembro que em uma festa aqui em casa, uma amiga se vestiu de noiva e seu buquê era um brócolis!

Quermesse

No dia 13 de junho, muitas igrejas distribuem o “pãozinho de Santo Antonio”, que são bentos (bendecidos) pelos padres.

Como Santo Antonio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar.
Diz a tradição que, para ter abundância, o o pão bento deve ser guardado dentro da lata de arroz ou junto aos  mantimentos  da casa, para que nunca falte alimentos. E, se o assunto é casar, você só precisa receber um pãozinho de um amigo ou alguém da família.  



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Por que falamos diferente?

Amanhã é o último de aula de um grupo de alunos e, pensando neles, lembrei de esclarecer uma dúvida levantada em sala de aula: se muitas línguas são derivadas do latim, por que falamos diferente dos portugueses, espanhóis, franceses, italianos, romenos, gregos, etc?


Pois... Pensem nos seus bisavós... Eles falavam igual a você? Não.
E seus avós? Não!
E seus pais? Também não!
Seus filhos falarão ou já falam igual a você?  É muito provável que não.

Sabem o que isso significa? Que as línguas evoluem. Elas mudam o tempo todo. Criamos gírias e termos novos que se adequam à nossa necessidade. Tomamos termos emprestados de línguas estrangeiras. E, não contentes de emprestar palavras de outros cantos do mundo, também temos o costume de nos apropriar de uma palavra como se fosse nossa, como é o caso de muitos brasileiros  que têm mania de"aportuguesar" palavras estrangeiras. Lembram do "abat-jour"? Agora ele é abajur... Isso só para exemplificar que ao modificar certas palavras, mudamos não só a escrita, mas também aspectos morfológicos, sintáticos, fonéticos, semânticos pra que fique mais fácil, rápida e prática a comunicação. Por isso o português que a sua bisavó falava com as amigas dela não tem muito a ver com o português que você fala hoje com seus amigos.


Agora pense em toda a história da humanidade desde os "Neandertais" (tive que buscar na rede para ver se ainda se se escrevia com "h") até a colonização da América. Diz a ciência que o Homo Sapiens surgiu na África e começou a se espalhar mundo afora desde então. A questão é que não se sabe ao certo se a capacidade de comunicação humana tal como a conhecemos hoje existe desde antes ou depois dessa "migração". Então é possível que tenhamos falado uma língua única no passado. É possível que cada "grupo" de humanos em partes diferentes do mundo tenham desenvolvido línguas diferentes.

O que sabemos é que existia uma língua comum falada em algum lugar entre a Europa e o Oriente Médio, o indo-europeu, a língua oficial do Império Romano. Esse indo-europeu foi se modificando do mesmo jeito que nós modificamos o português dos nossos bisavós hoje. Só que como o "Homo Sapiens" estava espalhado, em cada lugar ele se modificou de um jeito diferente e deu origem à maior parte das línguas ocidentais existentes hoje, do português ao russo, do alemão ao hindi.

Acho que é mais fácil pensar assim: hoje usamos "códigos" ou gírias que só o seu grupo de amigos entende? A lógica é mais ou menos essa. E aí chega um momento em que a forma com que você fala é tão diferente da forma como o pessoal do bairro vizinho fala que se tornam duas formas de linguagem diferentes. Agora, imaginem que aconteça o mesmo no mundo inteiro. Muitas maneiras de falar, não é? Dá margem a muito mais modificações e linguagens diferentes. Em 1500, o português que se falava aqui e o que se falava em Portugal era o mesmo. A distância, os hábitos e costumes fizeram com que aqui essa linguagem evoluísse de um jeito e lá de outro.



Dar a essas linguagens o status de "língua" é uma questão política, histórica e econômica. O português e o espanhol vêm ambos do latim e se desenvolveram ambos na península ibérica. Portugal já foi dominado pela Espanha e por isso tornou-se importante para Portugal separar as duas línguas (num momento em que o português e o espanhol tinham mais semelhanças que diferenças). O alemão propriamente dito só existe na mídia porque em cada cidade da Alemanha se fala um dialeto diferente. Às vezes a linguagem é mais parecida com o holandês (que já foi considerado dialeto do alemão) do que com o alemão que aprendemos em escolas de idiomas. O dinamarquês, o norueguês e o sueco são praticamente o mesmo idioma, falantes de uma língua se comunicam perfeitamente com falantes de outra. As diferenças entre eles são mais ou menos a diferença entre o português que se fala no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro e em Fortaleza, por exemplo. Mas por fazerem parte da identidade de três nações diferentes, convencionou-se chamá-las de "línguas", e são hoje independentes entre si.


Espero não ter enrolado muito e sim ter respondido a pergunta!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

"Jogo de Cintura"






Ter jogo de cintura é ter a capacidade de se adaptar às situações, muitas vezes adversas do dia a dia. A origem da expressão está relacionada ao pugilismo. Jogo de cintura é a facilidade de se esquivar com o tronco, para ter uma movimentação maior durante a luta. Outra situação na qual se usa bastante essa expressão é nas brincadeiras infantis como o bambolê.

Você escreve à Machado de Assis?


Certas expressões são usadas no dia-a-dia e nem bem sabemos de onde vieram. Muitas são culturais como “sem eira nem beira”, mas outras são resultados apenas de mecanismos linguísticos que, em minha opinião, vêm facilitar o uso da linguagem. Vejam por exemplo o caso deste post. Como é que se deve escrever? “A ou À Machado de Assis?
Depende, meu caro leitor. Se ele está escrevendo "para Machado de Assis”, não há o acento grave:
"Ele escreve a Machado de Assis." (= para Machado)
Se ele escreve "à moda ", "ao estilo" de Machado de Assis, primeiramente tenho de expressar minha admiração, pois é um dos meus escritores preferidos e, nesse caso, o uso do acento grave é obrigatório:
"Ele escreve à Machado de Assis." (= ao estilo de Machado de Assis)
Bom, pelos exemplos, vemos que usaremos o acento grave sempre que houver uma destas locuções subentendidas: "à moda de", "à maneira de" ou "ao estilo de":
"Sapato à Luís XV."
"Poesia à Manuel Bandeira."
"Revolução à 1930."
"Vestir-se à 1800."
"Filé à francesa."
"Bife à milanesa."
OBSERVAÇÃO 1: Em "Moramos em São José dos Campos de 2005 a 2010", não há crase porque não há artigo definido antes de 2010. Em "Elas se vestem à 1970", há acento grave porque subentendemos "à moda de 1970".
OBSERVAÇÃO 2: Se os nossos cardápios fossem bem escritos, em português é claro, teríamos um "festival de crase":
"Viradinho à paulista." (=à moda de São Paulo)
"Tutu à mineira." (=à moda de Minas)
"Camarão à baiana." (=à moda da Bahia)
"Churrasco à gaúcha." (=à moda gaúcha)
Observe que neste caso o acento grave deve ser usado mesmo antes de palavras masculinas:
"Churrasco à Osvaldo Aranha." (=à moda de Osvaldo Aranha)
O simples fato de estar no cardápio não garante a crase:
"Filé a cavalo"
"Frango a passarinho."
Não usamos o acento grave nesses dois exemplos. A locução "à moda de" não está subentendida. Um "filé a cavalo" não é um "filé à moda do cavalo". Ainda bem, pois seria, no mínimo um paradoxo “vegan”!

terça-feira, 12 de junho de 2012

"Quebrar o gelo"

‘Quebrar o gelo’ é ser cortês, ser amigável com alguém, no primeiro contato, individual ou em público, deixando o ambiente menos formal e frio. Quebrar o gelo também pode ser criar uma situação amistosa, após uma briga ou indisposição. Também há uma expressão parecida na língua inglesa: break the ice, que tem o mesmo significado.

"Cair a Ficha"

‘Cair a ficha’ é uma expressão antiga, que existe até hoje. Antigamente, os telefones públicos eram acionados por fichas, espécie de moedas compradas em bancas de revistas, padarias e armazéns. Essas fichas eram distribuídas pelas companhias de telefonia da época. Usava-se a expressão ‘cair a ficha’ quando o telefone público reconhecia a ficha e permitia a ligação. Hoje em dia, ‘cair a ficha’ significa ‘se dar conta de algo, de repente’. É passar a compreender realmente um fato ou uma situação; perceber aquilo a que até então não se dera atenção.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Numerais em um só post


Muitos alunos, sejam eles do curso básico, intermediário ou avançado, ainda têm dúvidas quando o assunto é números, assim que achei que seria interessante postar algo bem resumidinho a respeito.
Dúvidas, já sabem, discutimos em aula!


Numeral é uma palavra que exprime número de ordem, múltiplo ou fração. 


Os numerais classificam-se em:

1º) Cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, treze, catorze, vinte, trinta, quarenta, cinqüenta, cem, mil, milhão, bilhão.
2º) Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, etc.
3º) Fracionários: meio, um terço, um quarto, um quinto, um sexto, um sétimo, um oitavo, um nono, um décimo, treze avos, catorze avos, vinte avos, trinta avos, quarenta avos, cinqüenta avos, centésimo, milésimo, milionésimo, bilionésimo.
4º) Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, nônuplo, décuplo, cêntuplo.

Atenção para a grafia dos numerais cardinais:

16 – dezesseis
600 – seiscentos
50 – cinqüenta
60 – sessenta
17 – dezessete
13 – treze
14 – catorze ou quatorze

Atenção para a grafia dos seguintes numerais ordinais:

6º - sexto
400º - quadringentésimo
900º - nongentésimo
80º - octogésimo
11º - undécimo
600º - seiscentésimo
70º - septuagésimo
300º - trecentésimo
12º - duodécimo
500º - qüingentésimo
100º - centésimo
1.000º - milésimo
50º - qüinquagésimo
700º - setingentésimo
200º - ducentésimo
800º - octingentésimo
60º - sexagésimo

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

1ª) Na designação de papas, reis, séculos, capítulos, tomos ou partes de obras, usam-se os ordinais para a série de 1 a 10; daí em diante, usam-se os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo.
Exemplos: D. Pedro II (segundo), Luís XV (quinze), D. João VI (sexto), João XXIII (vinte e três), Pio X (décimo), Capítulo XX (vinte).

2ª) Quando o substantivo vier depois do numeral, usam-se sempre os ordinais.
Exemplos: primeira parte, décimo quinto capítulo, vigésimo século.

3ª) Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais, usa-se o ordinal até 9 e daí em diante o cardinal.
Exemplos: artigo 1° (primeiro), artigo 12 (doze).

4ª) Aos numerais que designam um conjunto determinado de seres dá-se o nome de numerais coletivos.
Exemplos: dúzia, centena.

5ª) A leitura e escrita por extenso dos cardinais compostos deve ser feita da seguinte forma:
a) Se houver dois ou três algarismos, coloca-se a conjunção e entre eles.
Exemplos: 94 = noventa e quatro ; 743 = setecentos e quarenta e três.
b) Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção e entre o primeiro algarismo e os demais (isto é, entre o milhar e a centena). Exemplo: 2438 = dois mil quatrocentos e trinta e oito.

Obs.: Se a centena começar por zero, o emprego do e é obrigatório.
5062 = cinco mil e sessenta e dois.

Será também obrigatório o emprego do e se a centena terminar por zeros.
2300 = dois mil e trezentos.

c) Se Houver vários grupos de três algarismos, omite-se o e entre cada um dos grupos.
5 450 126 230 = cinco bilhões quatrocentos e cinqüenta milhões, cento e vinte e seis mil duzentos e trinta.

6ª) Formas variantes:
Alguns numerais admitem formas variantes como catorze / quatorze, bilhão / bilião.

Nota: As formas cincoenta (50) hum (1) são erradas, muita gente usa esse tipo de escrita em cheques par evitar alterações. O correto mesmo é cinquenta e um. Assim, sem trema, :).

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Papo de Boteco: A Caipirinha Perfeita

Sexta-feira, final de semana chegando...e por quê não falar de caipirinha, um aperitivo clássico e muito conhecido no Brasil?
Feita com limão ou não, sempre será caipirinha. O que conta é a criatividade e a ocasião. Kiwi, morango, maracujá, abacaxi, melão, melancia...cada fruta tem a sua graça!
A receita pode parecer fácil, mas não é. Os ingredientes podem parecer os mais simples, mas se usados de maneira errada são traiçoeiros. Preparar a caipirinha perfeita requer alguns conhecimentos e técnicas específicas que se não dominados rendem coquetéis desproporcionais, seja no açúcar, no amargor ou na quantidade de cachaça aplicada.
Vejam algumas dicas de bartender's  para uma excelente receita:

limao A caipirinha perfeitaEscolham bem o limão

Afinal de contas, o limão corresponde a um terço da receita. O mais usado é aquele que chamamos no Brasil de limão Thaiti (de tamanho médio e com bastante sumo). Uma dica para escolher o limão é procurar aqueles de casca lisa porque são os que mais suco têm. Os de casca mole podem indicar que a fruta está passada.


Cortando o limão

116937482 6d696b1d45 A caipirinha perfeitaMuitos se perguntam se devem cortar o limão em gomos ou em rodelas. O segredo é cortar a fruta de uma maneira que seja fácil retirar a parte branca do limão pois é isso que dá o sabor amargo à caipirinha. Cortamos o limão no sentido do ponto onde se prende o caule, diferente de como cortamos as laranjas para fazer suco. Depois cortamos novamente pela metade. Assim, a parte branca fica na extremidade e fica mais fácil retirá-la.

Deem preferência ao bom e velho copo

No caso da caipirinha tradicional - de limão - , prefira preparar o drink no copo e não na coqueteleira. Coloque os quatro cortes da fruta no fundo do copo com a polpa virada para cima e, desta maneira, evitamos macerar a casca e liberar o amargor. O próximo passo é colocar o açúcar em cima e amassar o suficiente para a fruta liberar seu sumo. Mas... nunca se esqueça: NÃO SE DEVE MACERAR O LIMÃO EXAGERADAMENTE. Em se tratando de caipirinhas com outras frutas (maracujá, morango, kiwi, abacaxi...) a coqueteleira pode ser usada. O resultado costuma ser mais leve e refrescante.

Use cachaça de qualidade

Não só a cachaça, mas a vodka, o rum, a tequila, o saquê. Independente da caipirinha que for ser preparada é indispensável usar uma bebida de qualidade. Quanto melhor a qualidade do destilado, melhor será  a caipirinha. Aqui no México vocês podem encontrar a cachaça brasileira Pitú, mas, em geral, eu prefiro a 51. 

Associem a fruta certa à bebida certa

caipirinha 2 A caipirinha perfeitaUm dos pontos mais importantes no preparo da caipirinha é saber casar a fruta com a bebida certa. A cachaça, a vodka e o saquê (as três bebidas mais utilizadas na receita da caipirinha) têm características muito diferentes quando combinadas com frutas diferentes. Seguem abaixo algumas combinações sugeridas por bartenders:


  • cachaça: com frutas cítricas como o limão (1 unidade), lima-da-pérsia (1/2 unidade) e frutas brasileiras como a jabuticaba (15 unidades).
  • saquê: com frutas mais delicadas como a uva verde (8 unidades grandes), morango (7 unidades) e kiwi (1 unidade). Não use frutas cítricas e nem ácidas!
  • vodka: a vodka combina com quase todas as frutas menos aquelas mais cremosas como a banana e o mamão.

Adicionando ervas e especiarias à sua receita 

waldmeister caipirinha 800 600 e1315853803590 A caipirinha perfeitaAlguns bebedores mais sofisticados têm o costume de adicionar algumas ervas aromáticas como o manjericão e o alecrim à receita de caipirinha. Ainda outros, adicionam pimenta. Outra dica interessante é adicionar hortelã com frutas cítricas ou ácidas e pimenta com as mais doces (maracujá, caju, carambola). Só tenham cuidado ao preparar sua caipirinha com ervas aromáticas porque seu drink pode ficar intenso demais e perder o sabor.

Caipirinha em jarra é comum, mas não o ideal


Botequim Informal Caipirinha na jarra Rodrigo Castro 11 e1315854092346 A caipirinha perfeitaEm geral, se recomenda evitar o preparo de caipirinha em jarras ou em qualquer recipiente de grande quantidade. O resultado final nunca será o mesmo. 
Caso você precise preparar em grande escala, os bastender's mais experientes indicam que vocês preparem o coquetel na coqueteleira, em pequenas quantidades e depois ir adicionado à jarra. Mas, o mais correto é enfileirar diversos coporos, cortar todas as frutas e fazer várias caipirinhas de uma só vez. 


Alunos etílicos, entendam que a receita perfeita de caipirinha é uma arte e você, o artista. Um bom coquetel, preparado com ingredientes de qualidade e de maneira adequada é uma experiência gratificante para todos, tanto para o sortudo bebedor quanto para a reputação do barman que o preparou. Bom drink a todos e um excelente fim de semana! Saúde!!!

Fonte:  www.etilicos.com